Applicability of Fisk Risk Assessment (FISK) to ornamental species

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Range, Inês Lages, 1990-
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/10335
Resumo: Tese de mestrado. Biologia (Biologia da Conservação). Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2013
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spelling Applicability of Fisk Risk Assessment (FISK) to ornamental speciesAquáriosEspécies exóticasPeixes de água docePenínsula IbéricaTeses de mestrado - 2013Tese de mestrado. Biologia (Biologia da Conservação). Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, 2013A third of the world’s worst aquatic invasive species are ornamental species, with about 90% being freshwater fishes. It is thus important to identify undesirable ornamental species before they can spread and become established in natural environments. This study analyses the applicability of the Fish Invasiveness Screening Kit (FISK) in assessing the invasion risk of the 40 freshwater ornamental fishes most commonly sold in Lisbon and explores whether FISK can be used in conservation management. The response rate to FISK questions and the certainty of answers were high, evaluations performed by independent assessors were largely consistent, and there was little variation between FISK and IRI. The certainty level was positively correlated with FISK scores, indicating that FISK may perform better when there is more information available to support the assessment. Also FISK can be superior to IRI as it produces an immediate score which makes it easy to read by managers. FISK scores ranged between 0 and 38, covering all risk categories. Nine species were considered to have a high risk of invasiveness in Iberian Peninsula, namely C. auratus, C. carpio, H. plecostomus, P. reticulata, X. helleri, X. maculatus, T. trichopterus, P. sphenops and D. rerio. Moreover there was a positive correlation between FISK scores and the Frequency of Occurrence (FO%) and the Numeric Frequency (FN%) in the aquarium stores in Lisbon, indicating that species most popular in stores tended to have the highest FISK scores. FISK assessments should be repeated through time for strengthening species assessment, with multiple evaluations allowing the identification and filling of current gaps. This tool should be integrated in environmental programs for non-native species because is very easy to apply, has a low cost and is also very effective even when low amount of species information is available.Os peixes estão entre os vertebrados mais introduzidos no mundo. A aquariofilia é actualmente um dos principais vectores para a introdução de peixes não-nativos na Europa. Um terço das espécies aquáticas invasoras são espécies de aquariofilia sendo 90 a 96% dos indivíduos desta indústria peixes dulçaquícolas. Os impactos potenciais causados por estas espécies não-nativas são enormes, quer em termos ecológicos e quer em termos económicos. A Bacia Mediterrânica é um hotspot de biodiversidade, e em particular a Península Ibérica, estando a fauna piscícola desta região entre as mais ameaçadas globalmente, com mais de 70% das espécies listadas com algum nível de ameaça, devido aos impactos causados pelas espécies não-nativas. Actualmente, cerca de 19% das introduções de peixes dulçaquícolas na Península Ibérica estão associadas à aquariofilia, por exemplo, espécies como Poecilia reticulata, Astronotus ocellatus e Xiphophorus helleri foram introduzidas na Península Ibérica devido a este vector humano. A introdução de espécies não-nativas pode ser reduzida através de três ações essenciais: erradicação, controlo ou prevenção. A prevenção parece ser a mais efectiva pois apresenta um menor custo comparativamente à erradicação ou ao controlo de espécies já existentes. Uma medida de prevenção passa por usar ferramentas de avaliação de risco como o Fish Invasiveness Screening Kit (FISK), de forma a identificar espécies não-desejáveis (ex. “listas negras”) antes que estas sejam importadas e se estabeleçam na área recipiente. Apesar do FISK ter sido usado para avaliar o risco de invasão de espécies de peixes não-nativas em várias regiões geográficas (ex. Austrália, Florida, Japão, Belarússia, UK) nunca foi aplicado em espécies de um vector tão importante como a aquariofilia. Avaliações anteriores do risco de invasão de espécies não-nativas na Penínusa Ibérica focaram-se também em espécies já introduzidas, negligenciando espécies actualmente vendidas em aquariofilia. Este estudo analisa a aplicabilidade do FISK como ferramenta para avaliar o risco de invasão das 40 espécies de peixes dulçaquícolas de aquariofilia mais vendidas nas lojas de aquariofilia em Lisboa (Portugal) considerados num trabalho anterior e explica de que forma o FISK pode ser usado na gestão da conservação. A taxa de resposta às questões do FISK e a certeza das respostas foram elevadas, as avaliações efectuadas por avaliadores independentes foram em grande parte consistentes e houve pouca variação entre o FISK e o Iberian Risk Index (IRI). O nível de certeza apresentou-se positivamente correlacionado com os valores de FISK, indicando que quanto maior o valor de FISK maior o nível de certeza associado. Isto pode ser atribuído ao facto das espécies com baixos valores de FISK (valores entre -15 e 18) terem menos estudos e bibliografia disponíveis, o que significa menor confiança na resposta dada, contrariamente a espécies com valores mais elevados de FISK que apresentam um maior leque de informação, o que resulta em respostas mais completas e com maior certeza. Desta forma, o FISK pode ser mais eficazmente executado se houver mais informação disponível para suportar a avaliação das espécies. O FISK parece ser também superior ao IRI pois produz um valor imediato de risco de invasão, o que faz com que seja de fácil interpretação por gestores. Os valores de FISK variaram entre 0 e 38 (dentro de um universo entre -15 e 57) e abrangeram todas as categorias de risco de invasão desde a categoria de baixo risco (LR) até à categoria de risco muito elevado (VHR). Apesar da maioria das espécies avaliadas (77.5%) pertencer às categoria de risco mais baixas, nove espécies foram consideradas como tendo um elevado risco de invasão na PenínsuIa Ibérica, nomeadamente C. auratus, C. carpio, H. plecostomus, P. reticulata, X. helleri, X. maculatus, T. trichopterus, P. sphenops e D. rerio. As espécies para as quais se obtiveram os maiores valores de FISK para a categoria de risco mais elevada (C. auratus e C. carpio) são também já consideradas espécies invasoras na Península Ibérica, causando perturbações elevadas no ambiente recipiente. Apesar de algumas espécies com risco elevado de invasão não estarem estabelecidas com sucesso na Península Ibérica (ex. H. plecostomus, X. maculatus, T. trichopterus, P. sphenops e D. rerio) o seu controlo deve ser tido em conta de forma a evitar o seu estabelecimento pois apresentaram algumas características biológicas propícias à sua invasão, por exemplo são capazes de se reproduzir em climas semelhantes aos encontrados na Penísula Ibérica. Além disso, houve uma correlação positiva entre os valores de FISK e a Frequência de Ocorrência (FO%) e a Frequência Numérica (FN%) nas lojas de aquariofilia em Lisboa, indicando que as espécies mais populares nas lojas tendem a ter os valores mais elevados de FISK. As relações foram particularmente evidentes para as espécies mais frequentes nas lojas (FO>80%) classificadas dentro das categorias de risco mais elevadas no FISK, como C. auratus, P. reticulata, X. helleri, X. maculatus, P. sphenops e D. rerio. Desta forma, as espécies que têm uma elevada probabilidade de se estabelecer com sucesso na Península Ibérica são também as espécies que são mais frequentemente vendidas em grandes quantidades nas lojas, o que pode resultar numa elevada pressão de propágulo e colocar maiores riscos de impacto no ecosistema recipiente. Uma vez que o risco de introdução destas espécies através do descarte humano é elevado nestas espécies, é essencial o controlo do seu comércio para evitar futuras introduções não-desejáveis na Península Ibérica. Este controlo deve também ser extendido a C. carpio, H. plecostomus e T. trichopterus pois pois apesar de apresentarem um baixo risco de libertação nos ecossistemas (FO% <0.80%), tiveram um elevado risco de invasão de FISK. As avaliações do FISK são essenciais na avaliação de risco de invasão das espécies e devem ser repetidas ao longo tempo de forma a fortalecer estas avaliações, com avaliações múltiplas (pelo menos dois avaliadores) permitindo a identificação e o preenchimento de lacunas existentes. Um elevado nível de questões não-respondidas e um aumento da incerteza para uma espécie deverá motivar decisores ambientais a adoptarem uma abordagem preventiva devido ao baixo nível de confiança na avaliação, devendo esta ser uma prioridade. Avaliações futuras devem também ter em atenção a avaliação de espécies que toleram temperaturas mais quentes de forma a identificar possíveis espécies com um elevado risco de invasão, tendo em conta os cenários futuros actuamente previstos para o clima na Península Ibérica (ex. H. plecostomus, T. trichopterus, P. sphenops e D. rerio). A alteração de habitats ribeirinhos através da construção de barragens poderá contribuir para um aumento do risco de invasão uma vez que os regimes térmicos da água são alterados. Apenas espécies com um baixo risco de invasão deverão ser incluídas numa “lista-branca” de espécies, desta forma autorizando a comercialização em lojas de aquariofilia. Estratégias para a prevenção da introdução de novas espécies não-nativas, como a preparação de listas de espécies com elevado risco de invasão utilizando o FISK, a implementação de métodos alternativos de descarte de espécies não-desejáveis e a educação das pessoas envolvidas na aquariofilia são as ações potencialmente mais eficazes. O FISK deverá ser integrado em programas de avaliação de risco para espécies não-nativas pois a sua aplicação é bastante fácil, tem um custo baixo, sendo muito eficiente mesmo quando está disponível pouca informação sobre as espécies ornamentais.Magalhães, Maria Filomena, 1964-Ribeiro, Filipe Manuel Vidas, 1975-Repositório da Universidade de LisboaRange, Inês Lages, 1990-2014-01-28T18:32:22Z20132013-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/10335TID:201337568enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T15:55:45Zoai:repositorio.ul.pt:10451/10335Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:34:23.611111Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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