Relação entre a autoperceção da prática médica e a sobrecarga da gestão da multimorbilidade em Medicina Geral e Familiar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Ana Sofia Fernandes
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/11367
Resumo: Introdução: A subida da multimorbilidade nos cuidados de saúde primários representa um desafio significativo, sendo o conhecimento sobre os seus efeitos e a avaliação da sua gestão percursores necessários para o desenvolvimento de políticas efetivas. A prática da medicina centrada na pessoa (MCP) deve ser avaliada para melhorar a formação profissional e a educação médica, uma vez que existe uma relação entre a abordagem da medicina centrada na pessoa e uma maior satisfação dos doentes e dos médicos que a sentem e a realizam, sendo que o bem-estar do médico é um indicador de qualidade dos serviços prestados. Objetivo: Relacionar a autoperceção genérica da prática médica segundo a medicina centrada na pessoa com a avaliação da sobrecarga da gestão da multimorbilidade em Medicina Geral e Familiar. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal. O convite para a participação foi enviado pela Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, por correio eletrónico para médicos especialistas e internos de formação específica em Medicina Geral e Familiar. Aplicou-se um formulário que incluiu um conjunto de questões para caracterização dos médicos inquiridos, o questionário de Avaliação da Sobrecarga da Gestão da multimorbilidade em Medicina Geral e Familiar, desenvolvido por Prazeres, F. et al. e o instrumento para autoavaliação da realização de Medicina Centrada na Pessoa em Medicina Geral e Familiar validado por Santiago LM, et al. Resultados: A amostra foi de 469 médicos, dos quais a maioria são especialistas de MGF, do sexo feminino, com idades entre 30 e 45 anos que trabalham fundamentalmente numa Unidade de Saúde Familiar. No que toca a frequência de formação específica, cerca de 55% dos profissionais frequentaram formação sobre MCP e aproximadamente 43% sobre MM. Constatou-se que metade dos médicos inquiridos se sentem consideravelmente sobrecarregados pela gestão da MM. Além disso, demonstrou-se que cerca de 93% dos médicos que se autopercecionam como muito afetados emocionalmente pela gestão de doentes com MM, tal como aproximadamente 95% dos clínicos que se descrevem como fisicamente muito cansados, procuram ainda assim demonstrar regularmente princípios de MCP. Conclusão: Este estudo permite perceber o impacto que a sobrecarga da MM tem na prática clínica do médico de família e recomenda a implementação de medidas de intervenção formativa e regulamentar por forma a prestar os melhores cuidados de saúde possíveis.
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Objetivo: Relacionar a autoperceção genérica da prática médica segundo a medicina centrada na pessoa com a avaliação da sobrecarga da gestão da multimorbilidade em Medicina Geral e Familiar. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal. O convite para a participação foi enviado pela Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, por correio eletrónico para médicos especialistas e internos de formação específica em Medicina Geral e Familiar. Aplicou-se um formulário que incluiu um conjunto de questões para caracterização dos médicos inquiridos, o questionário de Avaliação da Sobrecarga da Gestão da multimorbilidade em Medicina Geral e Familiar, desenvolvido por Prazeres, F. et al. e o instrumento para autoavaliação da realização de Medicina Centrada na Pessoa em Medicina Geral e Familiar validado por Santiago LM, et al. Resultados: A amostra foi de 469 médicos, dos quais a maioria são especialistas de MGF, do sexo feminino, com idades entre 30 e 45 anos que trabalham fundamentalmente numa Unidade de Saúde Familiar. No que toca a frequência de formação específica, cerca de 55% dos profissionais frequentaram formação sobre MCP e aproximadamente 43% sobre MM. Constatou-se que metade dos médicos inquiridos se sentem consideravelmente sobrecarregados pela gestão da MM. Além disso, demonstrou-se que cerca de 93% dos médicos que se autopercecionam como muito afetados emocionalmente pela gestão de doentes com MM, tal como aproximadamente 95% dos clínicos que se descrevem como fisicamente muito cansados, procuram ainda assim demonstrar regularmente princípios de MCP. Conclusão: Este estudo permite perceber o impacto que a sobrecarga da MM tem na prática clínica do médico de família e recomenda a implementação de medidas de intervenção formativa e regulamentar por forma a prestar os melhores cuidados de saúde possíveis.Introduction: The increase in multimorbidity (MM) in primary care represents a significant challenge. For that reason, the effects of its management and burden must be evaluated for purposes of effective policy making. The practice of patient-centered care should be evaluated to improve medical education and clinical practice, since there is a relationship between the approach of person-centered medicine and greater satisfaction of patients and physicians who feel and perform it. The well-being of the doctor is an indicator of the quality of the services provided. Objective: The objective of this work was to relate the generic self-perception of medical practice according to person-centered medicine with the evaluation of the overload of multimorbidity management in General and Family Medicine. Methodology: A cross-sectional study was conducted. The invitation to participate was sent by “Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos”, by e-mail to general and family medicine specialists and interns of specialty. We applied a questionnaire that included a set of questions for the characterization of the physicians, the questionnaire of Assessment of the Burden of Multimorbility management in General and Family Medicine, developed by Prazeres, F. et al. and the instrument for self-assessment of the performance of Person-Centered Medicine in General and Family Medicine validated by Santiago LM, et al. Results: The sample consisted of 469 physicians. The majority were female specialists, aged between 30 and 45 years who work primarily in a Familiar Health Unit. Regarding to specific frequency of training, about 55% of the professionals attended training on PersonCentered Medicine and approximately 43% on multimorbidity. This work found that half of the surveyed doctors feel considerably overwhelmed by the management of multimorbidity. In addition, this study have shown that about 93% of physicians who self-perceive themselves to be very emotionally affected by the management of patients with MM, as well as approximately 95% of physicians who describe themselves as physically very tired, still try to regularly demonstrate principles of Person-Centered Care. Conclusion: This study allowed us to conclude the impact that the burden of MM management has in general and family medicine as well as to recommend the implementation of formative and regulatory intervention measures in this context, contributing to give the best health care possible.Simões, José Augusto RodriguesPrazeres, José Filipe Chaves PereirauBibliorumFerreira, Ana Sofia Fernandes2021-12-02T14:32:43Z2021-06-162021-04-262021-06-16T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/11367TID:202788814porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:53:49Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/11367Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:51:10.701674Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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