Gestão da dor e stress do recém-nascido :

• Autor(a) principal: Gordo, Rita Calado Mendes
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/45528
• topic: Enfermagem pediátrica; Família; Competências; Recém-nascido; Terapia da dor

De acordo com o Modelo de Sistemas de Betty Neuman, a dor é um fenómeno multidimensional influenciado por fatores biopsicossociais, ambientais e cognitivos. Como um stressor, possui o potencial de alterar a estabilidade do sistema e o bem estar da criança, o que justifica a necessidade de intervenção. A gestão inadequada da dor é um problema reconhecido a nível mundial, sendo o seu alívio considerado um indicador de qualidade nos cuidados de saúde. O RN, especialmente aquele que necessita de internamento na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN), é submetido a vários procedimentos dolorosos que podem afetar o seu crescimento, desenvolvimento e perceção de dor ao longo da vida. A abordagem diferenciada da gestão da dor na criança é fundamental no contexto dos cuidados de enfermagem em saúde infantil. Esta gestão implica a mobilização de intervenções com diferentes componentes, com potencial de interação entre si, e que, quando aplicadas a uma situação concreta, produzem uma gama de resultados possíveis e variados. Este relatório teve como objetivo descrever e refletir sobre o percurso formativo para o desenvolvimento de competências de Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica (EEESIP) e de Mestre, com enfoque na gestão da dor em recém-nascidos (RN). Baseou-se numa metodologia crítica e reflexiva sobre as práticas de cuidados em contexto de estágio e na aquisição sistemática de conhecimentos, bem como na mobilização da evidência científica para fundamentar a tomada de decisão clínica. Através do desenvolvimento de conhecimento teórico e prático na área dos cuidados à criança e família, assim como na gestão da dor em RN, procurei adquirir e aprimorar as competências profissionais necessárias para atuar como EEESIP. Estas competências revelaram-se fundamentais para apoiar a minha prática profissional, permitindo-me justificar as minhas ações com base em evidências científicas e promover uma melhoria contínua na qualidade dos cuidados prestados. Além disso, destaco a relevância da partilha de conhecimento entre profissionais ao longo de todo o percurso, a qual contribuiu para a disseminação de boas práticas e para o desenvolvimento coletivo de competências na área da enfermagem pediátrica.