Internamentos por patologia pedopsiquiátrica nos últimos 4 anos numa unidade de internamento de curta duração

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Paula Alexandra Antunes Alves
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/37480
Resumo: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina, área científica de Pediatria, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
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spelling Internamentos por patologia pedopsiquiátrica nos últimos 4 anos numa unidade de internamento de curta duraçãoPsiquiatria infantilHospitalizaçãoDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho final de mestrado integrado em Medicina, área científica de Pediatria, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraIntrodução: O reconhecimento da doença pedopsiquiátrica tem vindo a aumentar nos últimos anos, encontrando-se subavaliada por falta de planeamento médico-social. A falha nos recursos existentes faz do Serviço de Urgência (SU) uma importante porta de entrada para a sua identificação. O objetivo deste trabalho foi caracterizar os doentes de Pedopsiquiatria internados numa Unidade de Internamento de Curta Duração (UICD) durante um período de quatro anos, analisando o perfil dos internamentos, e problemas/dificuldades, e sugerir medidas para otimizar os cuidados prestados nesta população. Material e métodos: Estudo descritivo retrospetivo, com análise dos processos clínicos das crianças/adolescentes internadas por patologia pedopsiquiátrica na UICD no SU do Hospital Pediátrico, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, de 1 de fevereiro de 2011 a 31 de janeiro de 2015. Analisadas variáveis demográficas, proveniência, data de admissão, antecedentes pessoais e familiares, risco psicossocial, motivo de urgência e de internamento, diagnósticos/problemas, tratamento, intervenção social e orientação. Tratamento estatístico em SPSS® 22 (p=0,05). Resultados: Foram analisados 225 internamentos, representando 195 crianças/adolescentes, 66,2% do sexo feminino, com mediana de idade de 15,4 anos. As alterações de comportamento foram o antecedente pessoal mais frequente (32,4%), com uma associação significativa com o sexo masculino (p=0,0025). A perturbação depressiva foi o antecedente familiar mais frequentemente encontrado (10,7%). Os motivos de admissão e diagnósticos/problemas mais frequentes foram a tentativa de suicídio e as alterações de comportamento, a primeira mais associada ao sexo feminino (p=0,0013) e as segundas ao sexo masculino (p=0,0386). A necessidade de observação por Pedopsiquiatria foi o principal motivo de internamento em UICD. Foi encontrada 5 uma forte correlação entre os antecedentes pessoais e diagnósticos/problemas para a perturbação do comportamento alimentar/anorexia nervosa (75%) e alterações de comportamento (70%). Os fatores de risco psicossocial mais frequentes foram problemas familiares (44,4%). Os antipsicóticos foram os psicofármacos mais prescritos e 74,2% dos adolescentes ficaram com agendamento de consulta de Pedopsiquiatria. Discussão: A maioria dos casos foram adolescentes do sexo feminino. As alterações de comportamento e as tentativas de suicídio foram os problemas de saúde mental mais frequentes, com os conflitos familiares a revelarem-se como principal fator de risco associado. Conclusões: Os problemas de saúde mental na adolescência são frequentes, afetam o desenvolvimento e têm repercussões sociais, educativas e familiares graves, pelo que é urgente repensar e alterar os meios existentes a nível médico, social e judicial.Introduction: Recognition of mental health disorders in children has been increasing in recent years, although they are still underestimated due to lack of medical and social planning. The failure of existing resources makes the Emergency Service (ES) an opportunity for their identification. The aim of this study was to characterise patients with psychiatric symptoms admitted to a Short Stay Unit (SSU) over the period of four years, with analysis of the profile of admissions and problems/difficulties, and to suggest measures to optimise the care in this population. Methods: Retrospective descriptive study, with analysis of the medical records of children/adolescents hospitalised for mental health issues in the SSU of the ES of Hospital Pediátrico, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, from the 1st of February 2011 to the 31st January 2015. Demographic variables, date of admission, personal and family history, psychosocial risk, presenting complaints, diagnoses/problems, treatment, social intervention and follow-up were analysed. Statistical analysis was done in SPSS® 22 (p=0.05). Results: 225 admissions were analysed, representing 195 children/adolescents, 66.2% female, with a median age of 15.4 years. Regarding personal history, 32.4% had behavioural problems, with significant association with male gender (p=0.0025). Family history of depression was recognised in 10.7%. The most frequent presenting complaints and diagnostics/problems were suicide attempt and behavioural problems, with the first more associated with female patients (p=0.0013) and the second with male patients (p=0.0386). The main reason for hospitalisation in the SSU was for observation by child psychiatry. A strong correlation between personal history and diagnoses/problems regarding disruption of feeding behaviour/anorexia nervosa (75%) and behavioural problems (70%) was found. The most common psychosocial risk 7 factors were family problems (44.4%). Antipsychotics were the most commonly prescribed psychiatric drugs and 74.2% of the adolescents had follow-up in the child psychiatry clinic. Discussion: Most cases were adolescent girls. Behavioural problems and suicide attempts were the most common mental health problems, with family conflicts proving to be the main associated risk factor. Conclusions: Mental health problems in adolescence are frequent, affect growth and have serious social, educational and family repercussions, so it is urgent to rethink and change existing resources at the medical, social and legal level.2016-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/37480http://hdl.handle.net/10316/37480porTeixeira, Paula Alexandra Antunes Alvesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:45Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/37480Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:45:10.618007Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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