A Governança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio2016
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/21253 |
Resumo: | A governança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos é um desafio complexo para toda cidade-sede. Considerado o maior evento ddesportivo do mundo, os Jogos Olímpicos envolvem a participação de diversos representantes dos setores público e privado, num processo que exige ações coordenadas e estratégicas para o cumprimento das obrigações e dos prazos junto ao Comité Olímpico Internacional (COI). No Brasil, os Jogos Rio2016 demandaram a criação de uma estrutura legal exclusiva para coordenar a interlocução entre os três níveis de governo e o Comité Organizador. A Autoridade Pública Olímpica (APO) foi inspirada no modelo da Olympic Public Authority (ODA) dos Jogos de Londres (2012), mas com adaptações à realidade brasileira. O consórcio integrou uma ampla estrutura de governança, composta por diversos fóruns de poder decisório em diferentes instâncias, além de instituições criadas isoladamente pelas esferas governamentais para atuarem exclusivamente em temas olímpicos. Esse contexto sinalizou a dificuldade da implementação fluida e ágil de um processo de planeamento que previsse uma interação eficaz e eficiente entre os três níveis de governo. Assim, este trabalho visa a analisar a estrutura de governança na esfera pública da preparação dos Jogos Rio2016, desde a vitória da candidatura do Rio de Janeiro em 2009, até a realização do megaevento em agosto de 2016, para verificar sua utilidade e seus impactos na execução do papel legal da APO. O percurso metodológico iniciou-se com a revisão da literatura sobre o tema, por meio da consulta de publicações, documentos, websites, matérias e artigos nacionais e estrangeiros relacionados aos Jogos Rio2016. Essa etapa permitiu uma visão abrangente e completa da problemática da estrutura de governança adotada para o megaevento. Após a coleta da informação, passou-se à construção de um modelo de análise mais detalhada, tendo sido identificadas as dimensões e os indicadores a serem analisados de forma a atingir os objetivos da investigação. A observação da realidade foi enriquecida com a realização de entrevistas com integrantes do processo de organização dos Jogos Rio2016. O questionário serviu para analisar a implementação prática dos modelos teóricos identificados no início da investigação, a fim de se confirmar a hipótese de trabalho. As conclusões da investigação apontam para lições aprendidas e oportunidades de melhoria que visam a colmatar as lacunas identificadas na estrutura de governança adotada para a realização dos Jogos Rio2016, considerando que a experiência possa ser replicada na organização de futuros projetos semelhantes que envolvam a participação dos diferentes níveis de governo. Abstract: The governance of the Olympic and Paralympic Games is a complex challenge for every host city. Considered the biggest sporting event in the world, the Games involve the participation of several representatives of the public and private sectors, in a process that requires coordinated actions and fast decision-making, strategic for compliance with obligations and deadlines with the International Olympic Committee. In Brazil, the Rio2016 Games demanded the creation of an exclusive legal structure to coordinate the interlocution between the three levels of government and the Organizing Committee. The Olympic Public Authority (APO) was inspired by the Olympic Delivery Authority (ODA) model of the London 2012 Games, but with adaptations to the Brazilian reality. The consortium has integrated a broad governance structure, composed of diverse forums of decision-making power in different instances, as well as institutions created by government spheres to work exclusively on Olympic themes. This context signaled the difficulty of the fluid and agile implementation of a planning process that predicted effective and efficient interaction between the three levels of government. Thus, this paper aims to analyze the governance structure in the public sphere of preparation for the Rio2016 Games, from the victory of the Rio de Janeiro candidacy in 2009, to the delivery of the mega event in August 2016, to verify its usefulness and its impacts in carrying out the legal role of the APO. The methodological course began with a review of the literature on the subject, through the consultation of publications, documents, websites and national and foreign articles related to the Rio2016 Games. This step allowed a comprehensive and complete view of the governance structure adopted for the mega event. After the information was collected, a more detailed analysis model was constructed, and the dimensions and indicators to be analyzed were identified in order to achieve the objectives of the study investigation. The observation of the current reality at that time was enriched by interviews with members of the Rio2016 Games organization process. The questionnaire served to analyze the practical implementation of the theoretical models identified at the beginning of the investigation, in order to confirm the hypothesis of work. The research findings point to lessons learned and opportunities for improvement aimed at bridging the gaps identified in the governance structure adopted for the delivery of the Rio2016 Games, considering that the experience can be replicated in the organization of similar future projects involving the participation of the different levels of government. |
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O consórcio integrou uma ampla estrutura de governança, composta por diversos fóruns de poder decisório em diferentes instâncias, além de instituições criadas isoladamente pelas esferas governamentais para atuarem exclusivamente em temas olímpicos. Esse contexto sinalizou a dificuldade da implementação fluida e ágil de um processo de planeamento que previsse uma interação eficaz e eficiente entre os três níveis de governo. Assim, este trabalho visa a analisar a estrutura de governança na esfera pública da preparação dos Jogos Rio2016, desde a vitória da candidatura do Rio de Janeiro em 2009, até a realização do megaevento em agosto de 2016, para verificar sua utilidade e seus impactos na execução do papel legal da APO. O percurso metodológico iniciou-se com a revisão da literatura sobre o tema, por meio da consulta de publicações, documentos, websites, matérias e artigos nacionais e estrangeiros relacionados aos Jogos Rio2016. Essa etapa permitiu uma visão abrangente e completa da problemática da estrutura de governança adotada para o megaevento. Após a coleta da informação, passou-se à construção de um modelo de análise mais detalhada, tendo sido identificadas as dimensões e os indicadores a serem analisados de forma a atingir os objetivos da investigação. A observação da realidade foi enriquecida com a realização de entrevistas com integrantes do processo de organização dos Jogos Rio2016. O questionário serviu para analisar a implementação prática dos modelos teóricos identificados no início da investigação, a fim de se confirmar a hipótese de trabalho. As conclusões da investigação apontam para lições aprendidas e oportunidades de melhoria que visam a colmatar as lacunas identificadas na estrutura de governança adotada para a realização dos Jogos Rio2016, considerando que a experiência possa ser replicada na organização de futuros projetos semelhantes que envolvam a participação dos diferentes níveis de governo. Abstract: The governance of the Olympic and Paralympic Games is a complex challenge for every host city. Considered the biggest sporting event in the world, the Games involve the participation of several representatives of the public and private sectors, in a process that requires coordinated actions and fast decision-making, strategic for compliance with obligations and deadlines with the International Olympic Committee. In Brazil, the Rio2016 Games demanded the creation of an exclusive legal structure to coordinate the interlocution between the three levels of government and the Organizing Committee. The Olympic Public Authority (APO) was inspired by the Olympic Delivery Authority (ODA) model of the London 2012 Games, but with adaptations to the Brazilian reality. The consortium has integrated a broad governance structure, composed of diverse forums of decision-making power in different instances, as well as institutions created by government spheres to work exclusively on Olympic themes. This context signaled the difficulty of the fluid and agile implementation of a planning process that predicted effective and efficient interaction between the three levels of government. Thus, this paper aims to analyze the governance structure in the public sphere of preparation for the Rio2016 Games, from the victory of the Rio de Janeiro candidacy in 2009, to the delivery of the mega event in August 2016, to verify its usefulness and its impacts in carrying out the legal role of the APO. The methodological course began with a review of the literature on the subject, through the consultation of publications, documents, websites and national and foreign articles related to the Rio2016 Games. This step allowed a comprehensive and complete view of the governance structure adopted for the mega event. After the information was collected, a more detailed analysis model was constructed, and the dimensions and indicators to be analyzed were identified in order to achieve the objectives of the study investigation. The observation of the current reality at that time was enriched by interviews with members of the Rio2016 Games organization process. The questionnaire served to analyze the practical implementation of the theoretical models identified at the beginning of the investigation, in order to confirm the hypothesis of work. The research findings point to lessons learned and opportunities for improvement aimed at bridging the gaps identified in the governance structure adopted for the delivery of the Rio2016 Games, considering that the experience can be replicated in the organization of similar future projects involving the participation of the different levels of government.Migon, EduardoRepositório ComumRibeiro, Emílio2018-02-16T16:07:24Z2017-01-01T00:00:00Z2017-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/21253201843510porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T09:10:03Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/21253Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:27:58.065289Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Esse contexto sinalizou a dificuldade da implementação fluida e ágil de um processo de planeamento que previsse uma interação eficaz e eficiente entre os três níveis de governo. Assim, este trabalho visa a analisar a estrutura de governança na esfera pública da preparação dos Jogos Rio2016, desde a vitória da candidatura do Rio de Janeiro em 2009, até a realização do megaevento em agosto de 2016, para verificar sua utilidade e seus impactos na execução do papel legal da APO. O percurso metodológico iniciou-se com a revisão da literatura sobre o tema, por meio da consulta de publicações, documentos, websites, matérias e artigos nacionais e estrangeiros relacionados aos Jogos Rio2016. Essa etapa permitiu uma visão abrangente e completa da problemática da estrutura de governança adotada para o megaevento. Após a coleta da informação, passou-se à construção de um modelo de análise mais detalhada, tendo sido identificadas as dimensões e os indicadores a serem analisados de forma a atingir os objetivos da investigação. A observação da realidade foi enriquecida com a realização de entrevistas com integrantes do processo de organização dos Jogos Rio2016. O questionário serviu para analisar a implementação prática dos modelos teóricos identificados no início da investigação, a fim de se confirmar a hipótese de trabalho. As conclusões da investigação apontam para lições aprendidas e oportunidades de melhoria que visam a colmatar as lacunas identificadas na estrutura de governança adotada para a realização dos Jogos Rio2016, considerando que a experiência possa ser replicada na organização de futuros projetos semelhantes que envolvam a participação dos diferentes níveis de governo. Abstract: The governance of the Olympic and Paralympic Games is a complex challenge for every host city. Considered the biggest sporting event in the world, the Games involve the participation of several representatives of the public and private sectors, in a process that requires coordinated actions and fast decision-making, strategic for compliance with obligations and deadlines with the International Olympic Committee. In Brazil, the Rio2016 Games demanded the creation of an exclusive legal structure to coordinate the interlocution between the three levels of government and the Organizing Committee. The Olympic Public Authority (APO) was inspired by the Olympic Delivery Authority (ODA) model of the London 2012 Games, but with adaptations to the Brazilian reality. The consortium has integrated a broad governance structure, composed of diverse forums of decision-making power in different instances, as well as institutions created by government spheres to work exclusively on Olympic themes. This context signaled the difficulty of the fluid and agile implementation of a planning process that predicted effective and efficient interaction between the three levels of government. Thus, this paper aims to analyze the governance structure in the public sphere of preparation for the Rio2016 Games, from the victory of the Rio de Janeiro candidacy in 2009, to the delivery of the mega event in August 2016, to verify its usefulness and its impacts in carrying out the legal role of the APO. The methodological course began with a review of the literature on the subject, through the consultation of publications, documents, websites and national and foreign articles related to the Rio2016 Games. This step allowed a comprehensive and complete view of the governance structure adopted for the mega event. After the information was collected, a more detailed analysis model was constructed, and the dimensions and indicators to be analyzed were identified in order to achieve the objectives of the study investigation. The observation of the current reality at that time was enriched by interviews with members of the Rio2016 Games organization process. The questionnaire served to analyze the practical implementation of the theoretical models identified at the beginning of the investigation, in order to confirm the hypothesis of work. The research findings point to lessons learned and opportunities for improvement aimed at bridging the gaps identified in the governance structure adopted for the delivery of the Rio2016 Games, considering that the experience can be replicated in the organization of similar future projects involving the participation of the different levels of government. |
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