Rota turística caminhos do Brasil central
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.34624/rtd.v3i13/14.12789 |
Resumo: | Objectivos | O objetivo geral desse trabalho é valorizar a diversidade territorial do Brasil contida na idéia da Rota Turística Caminhos do Brasil Central, com foco nas potencialidades de natureza e cultura que existem no Centro-Oeste do país brasileiro e na sua promoção. Metodologia | A Rota Turística Caminhos do Brasil Central é parte de um trabalho entre a Empresa Brasiliense de Turismo - BRASILIATUR do Governo do Distrito Federal - GDF e a Fundação Universidade de Brasília da Universidade de Brasília FUB/UnB por meio do Centro de Excelência emTurismo – CET/UnB. O Distrito Federal-DF está localizado no planalto central do Brasil, em um território situado no Estado de Goiás. Sua sede é Brasília, Patrimônio Cultural da Humanidade, onde o governo local considera o setor de turismo como um importante aliado e tributário da política de desenvolvimento econômico e definiu como uma das estratégias a criação e promoção de roteiros turísticos. Todavia, os roteiros desenvolvidos carecem de um ordenamento para que produzam um efeito de atratividade para o turismo em geral, de fluxo nacional e estrangeiro. Para a conquista dessa atratividade, se planejou a noção de rota turística que compreende uma proposta de estimular a distribuição de turistas viajantes, especialmente por meio do transporte rodoviário, dentro de uma área geográfica definida em curta escala de distância/tempo e de maneira a tornar confortável, confiável e justificável o seu deslocamento. Tais referências conduziram a delimitar o foco da Rota em dois eixos de deslocamento que geograficamente cruzam pólos turísticos assim definidos: um a oeste e outro ao norte do DF adentrando os territórios da região administrativa do Estado de Goiás. São pólos que podem intensificar a relação de troca e influência que recebem do Distrito Federal, em especial Brasília, considerado pólo de irradiação. Para colocar em prática uma Rota Turística denominada Caminhos do Brasil Central se evidenciou para o planejamento com base territorial outra meta que diz respeito ao fomento a um desenvolvimento cada vez mais descentralizado. Ressalvando que essa forma de atuar não intenciona produzir diferentes escalas de atuação governamental, ao contrário, a perspectiva da criação de uma rede de planejamento e gestão governamental reforça uma necessária articulação entre os fundamentos teórico-técnicos e os processos decisórios para organizar a ação governamental no território. Entretanto, a diversidade de referências territoriais e regionais, principalmente pelo aspecto político, não contribuem para a construção de uma agenda comum para o desenvolvimento regional. Para vencer a barreira dessa falta de convergência, o projeto Rota Turística Caminhos do Brasil Central criou a instância de governança regional denominada Comitê Gestor e um sistema de inventário e diagnóstico da oferta turística, que tem por objetivo oferecer segurança de informação aos planejadores e gestores públicos, aos agentes turísticos, operadoras ou ao turista independente. A criação do Comitê Gestor inicia esse processo, onde as instituições públicas, privadas e as populações nas localidades relacionadas ao setor atuem em parceria no processo de tomada de decisão, inclusive no que diz respeito à carência de investimento do setor público. Essa fase está em implantação com a mobilização dos agentes em um encontro de planejamento estratégico para a promoção e o desenvolvimento do turismo regional, a partir da instituição da Rota Turística Caminhos do Brasil Central. Como ferramenta de gestão para o Comitê, criou-se um Sistema de Inventário e Diagnóstico da Oferta Turística que, informatizado, permite a atualização das informações bem como a geração de relatórios para a gestão de processos. A metodologia para a criação do Sistema partiu de um formulário de orientação dividido em duas partes.A primeira, mais simples, envolveu a realização de inventário de curto prazo dos recursos e oferta turística existente ao longo da Rota Turística Caminhos do Brasil Central e exibe dados/informações que caracterizam os municípios objeto do levantamento. A segunda, dividida por grupos de abordagem (Grupo A – Atrativos e Condições da Oferta; Grupo B – Serviços e Equipamentos Turísticos; Grupo C – Eventos, Realizações e Atividades Econômicas; Grupo D – Políticas Públicas, Parceiros e Patrocinadores Locais; Grupo E – Infra-Estrutura de Apoio ao Turismo) onde foram registrados dados e informações quantitativas e qualitativas, essas últimas baseadas na análise dos técnicos pesquisadores nas destinações. Principais resultados e contributos | A composição da instância de governança, Comitê Gestor, foi elaborada a partir da identificação dos agentes e processos que já acontecem nas áreas que compõe a Rota Turística,condição mínima e suficiente para liderar o processo de planejamento participativo focado no turismo. Para auxiliar nesse trabalho criou-se uma ferramenta de gestão, de fácil acesso e operação, que permite a geração de conhecimento técnico para tomadas de decisão do Comitê Gestor. Limitações | A construção de processos participativos nem sempre acompanha a velocidade de atuação dos agentes envolvidos, principalmente os privados relacionados ao setor do turismo. Em geral,são vistos com descrença e como objeto de pouco interesse em termos da própria participação. Por outro lado, verifica-se cada vez mais, na realidade brasileira, a iniciativa dos governos em garantir esses mesmos processos, onde as comunidades alvo de intervenção estejam presentes e atuantes nos momentos de tomada de decisão que direcionam alterações quanto à sua qualidade de vida, relativas às realidades que vivenciam. Ações que dependem da convergência de interesses. Conclusões | No contexto político,sócio econômico,cultural e ambiental para a implantação da Rota Turística Caminhos do Brasil Central a flexibilidade é conduta chave para a produção de convergências na perspectiva de crescimento econômico e das oportunidades de investimentos para auxiliar na promoção e no aproveitamento sustentável do patrimônio natural e cultural relacionado ao turismo na região foco, desde que resulte na melhoria da qualidade de vida das comunidades envolvidas. |
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Todavia, os roteiros desenvolvidos carecem de um ordenamento para que produzam um efeito de atratividade para o turismo em geral, de fluxo nacional e estrangeiro. Para a conquista dessa atratividade, se planejou a noção de rota turística que compreende uma proposta de estimular a distribuição de turistas viajantes, especialmente por meio do transporte rodoviário, dentro de uma área geográfica definida em curta escala de distância/tempo e de maneira a tornar confortável, confiável e justificável o seu deslocamento. Tais referências conduziram a delimitar o foco da Rota em dois eixos de deslocamento que geograficamente cruzam pólos turísticos assim definidos: um a oeste e outro ao norte do DF adentrando os territórios da região administrativa do Estado de Goiás. São pólos que podem intensificar a relação de troca e influência que recebem do Distrito Federal, em especial Brasília, considerado pólo de irradiação. 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Limitações | A construção de processos participativos nem sempre acompanha a velocidade de atuação dos agentes envolvidos, principalmente os privados relacionados ao setor do turismo. Em geral,são vistos com descrença e como objeto de pouco interesse em termos da própria participação. Por outro lado, verifica-se cada vez mais, na realidade brasileira, a iniciativa dos governos em garantir esses mesmos processos, onde as comunidades alvo de intervenção estejam presentes e atuantes nos momentos de tomada de decisão que direcionam alterações quanto à sua qualidade de vida, relativas às realidades que vivenciam. Ações que dependem da convergência de interesses. 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Todavia, os roteiros desenvolvidos carecem de um ordenamento para que produzam um efeito de atratividade para o turismo em geral, de fluxo nacional e estrangeiro. Para a conquista dessa atratividade, se planejou a noção de rota turística que compreende uma proposta de estimular a distribuição de turistas viajantes, especialmente por meio do transporte rodoviário, dentro de uma área geográfica definida em curta escala de distância/tempo e de maneira a tornar confortável, confiável e justificável o seu deslocamento. Tais referências conduziram a delimitar o foco da Rota em dois eixos de deslocamento que geograficamente cruzam pólos turísticos assim definidos: um a oeste e outro ao norte do DF adentrando os territórios da região administrativa do Estado de Goiás. São pólos que podem intensificar a relação de troca e influência que recebem do Distrito Federal, em especial Brasília, considerado pólo de irradiação. Para colocar em prática uma Rota Turística denominada Caminhos do Brasil Central se evidenciou para o planejamento com base territorial outra meta que diz respeito ao fomento a um desenvolvimento cada vez mais descentralizado. Ressalvando que essa forma de atuar não intenciona produzir diferentes escalas de atuação governamental, ao contrário, a perspectiva da criação de uma rede de planejamento e gestão governamental reforça uma necessária articulação entre os fundamentos teórico-técnicos e os processos decisórios para organizar a ação governamental no território. Entretanto, a diversidade de referências territoriais e regionais, principalmente pelo aspecto político, não contribuem para a construção de uma agenda comum para o desenvolvimento regional. Para vencer a barreira dessa falta de convergência, o projeto Rota Turística Caminhos do Brasil Central criou a instância de governança regional denominada Comitê Gestor e um sistema de inventário e diagnóstico da oferta turística, que tem por objetivo oferecer segurança de informação aos planejadores e gestores públicos, aos agentes turísticos, operadoras ou ao turista independente. A criação do Comitê Gestor inicia esse processo, onde as instituições públicas, privadas e as populações nas localidades relacionadas ao setor atuem em parceria no processo de tomada de decisão, inclusive no que diz respeito à carência de investimento do setor público. Essa fase está em implantação com a mobilização dos agentes em um encontro de planejamento estratégico para a promoção e o desenvolvimento do turismo regional, a partir da instituição da Rota Turística Caminhos do Brasil Central. Como ferramenta de gestão para o Comitê, criou-se um Sistema de Inventário e Diagnóstico da Oferta Turística que, informatizado, permite a atualização das informações bem como a geração de relatórios para a gestão de processos. A metodologia para a criação do Sistema partiu de um formulário de orientação dividido em duas partes.A primeira, mais simples, envolveu a realização de inventário de curto prazo dos recursos e oferta turística existente ao longo da Rota Turística Caminhos do Brasil Central e exibe dados/informações que caracterizam os municípios objeto do levantamento. A segunda, dividida por grupos de abordagem (Grupo A – Atrativos e Condições da Oferta; Grupo B – Serviços e Equipamentos Turísticos; Grupo C – Eventos, Realizações e Atividades Econômicas; Grupo D – Políticas Públicas, Parceiros e Patrocinadores Locais; Grupo E – Infra-Estrutura de Apoio ao Turismo) onde foram registrados dados e informações quantitativas e qualitativas, essas últimas baseadas na análise dos técnicos pesquisadores nas destinações. Principais resultados e contributos | A composição da instância de governança, Comitê Gestor, foi elaborada a partir da identificação dos agentes e processos que já acontecem nas áreas que compõe a Rota Turística,condição mínima e suficiente para liderar o processo de planejamento participativo focado no turismo. Para auxiliar nesse trabalho criou-se uma ferramenta de gestão, de fácil acesso e operação, que permite a geração de conhecimento técnico para tomadas de decisão do Comitê Gestor. 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