Os inquéritos sociológicos nas vozes dos alunos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.13/5543 |
Resumo: | Os estabelecimentos de ensino representam para qualquer pesquisador, espaços privilegiados para recolha de informação, sobre os temas mais variados e com possibilidade de acesso a diversos intervenientes educativos. Deste modo, estudantes e investigadores com temáticas e objetivos de pesquisa distintos, ali acorrem para a efetivação “dos pequenos trabalhos exploratórios de licenciatura, às teses, dissertações ou projetos financiados e de grande escala” (Dionísio, Torres & Alves, 2018b, p.1). No atual contexto educativo, a resposta dos estudantes a inúmeros questionários, sobre os mais variados assuntos, integra o ofício de aluno concetualizado por Perrenoud (1995) impondo-lhe um novo papel: o de coprodutor de conhecimento, sem que desse facto subsista uma real perceção. Afinal o que pensam os estudantes quando lhes é solicitado, nos estabelecimentos de ensino, o preenchimento de um questionário? Foi com esta questão inicial que nos propusemos identificar o que pensam os estudantes sobre este assunto, utilizando (paradoxalmente) um inquérito por questionário para o efeito. Tomando como ponto de partida uma revisão teórica sustentada no atual estado da arte, procedemos à elaboração de inquéritos por questionário que aplicámos a alunos de uma turma do 1º ano do curso de licenciatura em Ciências da Educação da Universidade da Madeira. Este estudo de caso desenvolveu-se com uma abordagem metodológica simultaneamente qualitativa e quantitativa, decorrente da natureza de fontes de dados distintas, e permitiu retirar algumas ilações acerca deste assunto. Foi possível concluir que cerca de metade dos estudantes deste estudo se interroga acerca dos questionários a que responde, equacionando aspetos como a sua utilidade efetiva e a qualidade das suas próprias respostas. O conhecimento dos destinatários dos inquéritos foi também considerado importante pelos respondentes na medida em que condiciona o seu grau de confiança. Os estudantes que não se interrogam acerca dos questionários a que respondem atribuem-lhes uma utilidade efetiva e percecionam as suas respostas como um dever associado ao seu ofício de aluno. Foi ainda possível apurar que as entrevistas nos estabelecimentos de ensino são praticamente inexistentes por parte de investigadores externos. |
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