A tragédia da liberdade, ante-tragédia da cultura na Filosofia do Dinheiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Francisco Felizol
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/25604
Resumo: Na Filosofi a do Dinheiro (1900), o dinheiro é uma contínua atomização, libertação e fl uidifi cação até poder tomar qualquer forma, igualizando em quantia todas as qualidades dos elementos que relaciona. Este processo deu-se também: nos objectos, mais e mais efémeros e libertos do homem, constituindo uma cultura objectiva que dele se afasta; e nos sujeitos que, em progressiva tomização, alcançam uma liberdade negativa destituída de propriedade e fi m. Tal ameaça a individualidade humana entre o sujeito isolado na sua subjectividade e o sujeito aglutinado em continente objectivo. Em 1911, Simmel descreverá a vida humana como tragédia da cultura, ao tentar conter a matéria viva criando sucessivamente formas que, criadas, imediatamente se esvaziam de conteúdos. Tal já segue na Filosofi a do Dinheiro, como tragédia da liberdade. Só usando o dinheiro como meio, só agindo em liberdade positiva, ultrapassando sucessivas resistências, formas de não-liberdade, podemos caminhar a nosso fi m individual.
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