A tragédia da liberdade, ante-tragédia da cultura na Filosofia do Dinheiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/25604 |
Resumo: | Na Filosofi a do Dinheiro (1900), o dinheiro é uma contínua atomização, libertação e fl uidifi cação até poder tomar qualquer forma, igualizando em quantia todas as qualidades dos elementos que relaciona. Este processo deu-se também: nos objectos, mais e mais efémeros e libertos do homem, constituindo uma cultura objectiva que dele se afasta; e nos sujeitos que, em progressiva tomização, alcançam uma liberdade negativa destituída de propriedade e fi m. Tal ameaça a individualidade humana entre o sujeito isolado na sua subjectividade e o sujeito aglutinado em continente objectivo. Em 1911, Simmel descreverá a vida humana como tragédia da cultura, ao tentar conter a matéria viva criando sucessivamente formas que, criadas, imediatamente se esvaziam de conteúdos. Tal já segue na Filosofi a do Dinheiro, como tragédia da liberdade. Só usando o dinheiro como meio, só agindo em liberdade positiva, ultrapassando sucessivas resistências, formas de não-liberdade, podemos caminhar a nosso fi m individual. |
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A tragédia da liberdade, ante-tragédia da cultura na Filosofia do DinheiroSimmel, GeorgLiberdadeDinheiroIndividualTragédiaNa Filosofi a do Dinheiro (1900), o dinheiro é uma contínua atomização, libertação e fl uidifi cação até poder tomar qualquer forma, igualizando em quantia todas as qualidades dos elementos que relaciona. Este processo deu-se também: nos objectos, mais e mais efémeros e libertos do homem, constituindo uma cultura objectiva que dele se afasta; e nos sujeitos que, em progressiva tomização, alcançam uma liberdade negativa destituída de propriedade e fi m. Tal ameaça a individualidade humana entre o sujeito isolado na sua subjectividade e o sujeito aglutinado em continente objectivo. Em 1911, Simmel descreverá a vida humana como tragédia da cultura, ao tentar conter a matéria viva criando sucessivamente formas que, criadas, imediatamente se esvaziam de conteúdos. Tal já segue na Filosofi a do Dinheiro, como tragédia da liberdade. Só usando o dinheiro como meio, só agindo em liberdade positiva, ultrapassando sucessivas resistências, formas de não-liberdade, podemos caminhar a nosso fi m individual.Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa / Departamento de Filosofia da Universidade de LisboaRepositório da Universidade de LisboaMarques, Francisco Felizol2016-12-30T10:17:25Z2015-112015-11-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/25604por0872-4784info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:15:13Zoai:repositorio.ul.pt:10451/25604Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:42:28.248757Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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