Seis quintas trasmontanas ovuladas de outras tantas aldeias medievais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://museudamemoriarural.pt/revistamemoriarural/index.php/revista/article/view/181 |
Resumo: | O processo de transformação das seis aldeias medievais em quintas não seguiu o mesmo caminho. Podemos dividir esta procedência em duas vias. A primeira agrupa a Quinta de Vila Boa de Arufe, a da Ribeira da Vila e a de Alva. As povoações de origem foram extintas ainda na Idade Média. A primeira foi apagada muito cedo. Em 1530, já tinha mudado de nome. Com todos os moradores mortos, perdera-se também a sua memória. Os novos repovoadores – cinco em 1530 – atribuíram-lhe outro. A Quinta da Ribeira da Vila e a de Alva, omissas do numeramento de 1530, continuaram mudas na documentação histórica posterior. Somente da segunda, sabemos, nos finais do século XVII, que de todo se despovoou e arruinou, ficando somente a barca, com o seu nome. A Quinta de Clemente Menéres e a do Prado procederam de duas aldeias – a de Vale de Miões e a da aldeia do Prado - respectivamente. Ambas saíram da Idade Média com gente, embora pouca. A primeira tinha 6 moradores em 1530 e a segunda 5. Foi durante a Idade Moderna e Contemporânea que, ficando ermas, se transformaram em quintas. Outros lugares do concelho de Mirandela e de Vila Flor, mais debilitados demograficamente naquele ano, inverteram a queda e mantêm-se hoje. O Casal de Vale Pradinhos é um caso especial. Derivou do ermamento de Vale de Prados e das Carvas, vizinhas. E, enquanto a primeira, erma em 1530, voltou a ser repovoada, a segunda, com sete moradores em 1530, estava sem ninguém em 1758. |
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Seis quintas trasmontanas ovuladas de outras tantas aldeias medievaisPovoamento medievalPovoamento ModernoPovoamento ContemporâneoO processo de transformação das seis aldeias medievais em quintas não seguiu o mesmo caminho. Podemos dividir esta procedência em duas vias. A primeira agrupa a Quinta de Vila Boa de Arufe, a da Ribeira da Vila e a de Alva. As povoações de origem foram extintas ainda na Idade Média. A primeira foi apagada muito cedo. Em 1530, já tinha mudado de nome. Com todos os moradores mortos, perdera-se também a sua memória. Os novos repovoadores – cinco em 1530 – atribuíram-lhe outro. A Quinta da Ribeira da Vila e a de Alva, omissas do numeramento de 1530, continuaram mudas na documentação histórica posterior. Somente da segunda, sabemos, nos finais do século XVII, que de todo se despovoou e arruinou, ficando somente a barca, com o seu nome. A Quinta de Clemente Menéres e a do Prado procederam de duas aldeias – a de Vale de Miões e a da aldeia do Prado - respectivamente. Ambas saíram da Idade Média com gente, embora pouca. A primeira tinha 6 moradores em 1530 e a segunda 5. Foi durante a Idade Moderna e Contemporânea que, ficando ermas, se transformaram em quintas. Outros lugares do concelho de Mirandela e de Vila Flor, mais debilitados demograficamente naquele ano, inverteram a queda e mantêm-se hoje. O Casal de Vale Pradinhos é um caso especial. Derivou do ermamento de Vale de Prados e das Carvas, vizinhas. E, enquanto a primeira, erma em 1530, voltou a ser repovoada, a segunda, com sete moradores em 1530, estava sem ninguém em 1758. Museu da Memória Rural2023-12-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://museudamemoriarural.pt/revistamemoriarural/index.php/revista/article/view/181Revista Memória Rural; No 6 (2023): Revista Memória Rural, nº 6; 100-121Revista Memória Rural; n. 6 (2023): Revista Memória Rural, nº 6; 100-1212184-38802184-3880reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://museudamemoriarural.pt/revistamemoriarural/index.php/revista/article/view/181https://museudamemoriarural.pt/revistamemoriarural/index.php/revista/article/view/181/116Direitos de Autor (c) 2023 Revista Memória Ruralinfo:eu-repo/semantics/openAccessVaz, Ernesto Albino2024-01-20T03:15:36Zoai:ojs2.museudamemoriarural.pt:article/181Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:52:25.794002Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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