Frequência alimentar e hábitos de vida das crianças com excesso de peso e obesidade infantil numa unidade de saúde familiar do Norte do País
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/9603 |
Resumo: | O presente relatório surge no âmbito do Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Familiar (MESF) e pretende apresentar o percurso de estágio desenvolvido numa Unidade de Saúde Familiar (USF) do Norte. O foco foi o desenvolvimento das competências que suportam a prática da enfermagem na área da saúde familiar, assim como o desenvolvimento de um estudo com o tema: “Frequência Alimentar e Hábitos de Vida das Crianças com Excesso de Peso e Obesidade Infantil numa Unidade de Saúde Familiar do Norte do País”. A obesidade infantil é um problema de saúde com repercussões epidemiológicas significativas a nível mundial com tendência a tomar dimensões mais relevantes. Os pais são os principais educadores de hábitos alimentares e de vida das crianças, por isso é pertinente realizar intervenções não apenas dirigidas às crianças, mas também à família. Privilegiou-se as crianças na faixa etária entre os 5 e os 9 anos inscritas numa USF do Norte do país, sendo os objetivos deste estudo: determinar a prevalência de excesso de peso e obesidade; caracterizar os hábitos de vida e a frequência alimentar das crianças em função dos grupos alimentares. Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal e de abordagem quantitativa, que se desenvolveu em famílias com filhos com idades entre os 5 e os 9 anos, com percentil de IMC>85. Como instrumento de recolha de dados foi pedido aos pais destas crianças para preencher um questionário de frequência alimentar e hábitos saudáveis para crianças entre os 5 e os 9 anos (Rito, 2007) e entregue um folheto informativo com o tema:” Crescer com uma alimentação Saudável”. Posteriormente foram convidados a participar num Workshop com o mesmo tema, com o objetivo de educar acerca das causas e consequências da obesidade infantil, e capacitar os pais para aquisição de hábitos alimentares saudáveis. A amostra (n=48) foi selecionada de forma acidental por conveniência numa população de 132 crianças, com percentil de IMC>85. Verificamos que entre as 48 crianças estudadas, 31 crianças (64,6%) apresentava percentil de IMC entre os 85 e os 97 (excesso de peso) e 17 crianças (35,4%) apresentava percentil de IMC > 97 (obesidade). Da amostra, 18 crianças (37,5%) passam mais de 1h30 min por dia a ver televisão, sendo que este valor aumenta ao fim de semana. A maioria das crianças dorme as horas mínimas diárias recomendadas para esta faixa etária. Mais de metade das famílias recorre entre 1 a 4 vezes por mês a restaurantes tipo fast- food, valor que aumenta no período de férias. A maioria das crianças apenas ingere legumes na sopa e 21 crianças (43,8%) nunca ingere leguminosas. Concluímos que é de extrema importância capacitar e corresponsabilizar estas famílias para a aquisição de hábitos alimentares equilibrados e saudáveis, prática da atividade física diária, contribuindo para a redução dos comportamentos sedentários, aumento do número de horas de sono diário, levando a uma melhoria do estado nutricional das crianças. Os pais são os primeiros agentes socializadores das crianças, influenciado a aprendizagem dos comportamentos alimentares e dos estilos de vida saudáveis. O enfermeiro de família tem um contato privilegiado com a família, por isso deve contribuir para a promoção de hábitos de vida saudáveis na mesma, além da sua capacitação no desempenho das suas funções de cuidadora. |
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Os pais são os principais educadores de hábitos alimentares e de vida das crianças, por isso é pertinente realizar intervenções não apenas dirigidas às crianças, mas também à família. Privilegiou-se as crianças na faixa etária entre os 5 e os 9 anos inscritas numa USF do Norte do país, sendo os objetivos deste estudo: determinar a prevalência de excesso de peso e obesidade; caracterizar os hábitos de vida e a frequência alimentar das crianças em função dos grupos alimentares. Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal e de abordagem quantitativa, que se desenvolveu em famílias com filhos com idades entre os 5 e os 9 anos, com percentil de IMC>85. Como instrumento de recolha de dados foi pedido aos pais destas crianças para preencher um questionário de frequência alimentar e hábitos saudáveis para crianças entre os 5 e os 9 anos (Rito, 2007) e entregue um folheto informativo com o tema:” Crescer com uma alimentação Saudável”. Posteriormente foram convidados a participar num Workshop com o mesmo tema, com o objetivo de educar acerca das causas e consequências da obesidade infantil, e capacitar os pais para aquisição de hábitos alimentares saudáveis. A amostra (n=48) foi selecionada de forma acidental por conveniência numa população de 132 crianças, com percentil de IMC>85. Verificamos que entre as 48 crianças estudadas, 31 crianças (64,6%) apresentava percentil de IMC entre os 85 e os 97 (excesso de peso) e 17 crianças (35,4%) apresentava percentil de IMC > 97 (obesidade). Da amostra, 18 crianças (37,5%) passam mais de 1h30 min por dia a ver televisão, sendo que este valor aumenta ao fim de semana. A maioria das crianças dorme as horas mínimas diárias recomendadas para esta faixa etária. Mais de metade das famílias recorre entre 1 a 4 vezes por mês a restaurantes tipo fast- food, valor que aumenta no período de férias. A maioria das crianças apenas ingere legumes na sopa e 21 crianças (43,8%) nunca ingere leguminosas. Concluímos que é de extrema importância capacitar e corresponsabilizar estas famílias para a aquisição de hábitos alimentares equilibrados e saudáveis, prática da atividade física diária, contribuindo para a redução dos comportamentos sedentários, aumento do número de horas de sono diário, levando a uma melhoria do estado nutricional das crianças. Os pais são os primeiros agentes socializadores das crianças, influenciado a aprendizagem dos comportamentos alimentares e dos estilos de vida saudáveis. O enfermeiro de família tem um contato privilegiado com a família, por isso deve contribuir para a promoção de hábitos de vida saudáveis na mesma, além da sua capacitação no desempenho das suas funções de cuidadora.This report appears in the context of the master´s Course in Family Health Nursing and intends to present the course of internship developed in a Family Health Unit on the North. The focus was the development of competencies that support nursing practice in the family Health’s area, as well as the development of an empirical study allusive to the childhood obesity subject. Childhood obesity is a health problem with significant epidemiological repercussions worldwide and tends to take on more relevant dimensions. Parents are one of the main educators of children's eating and life habits, therefore it is pertinent to carry out interventions not only directed at the children, but also at the family. The children aged between 5 and 9 years enrolled in a Family Health Unit in the north of the country were privileged with objectives of this study were: to determine the prevalence of overweight and obesity; characterize the life habits and the children’s feeding frequency as a function of the food groups. This is a descriptive, cross-sectional study with a quantitative approach that was developed in families with children between 5 and 9 years, higher than 85 BMI percentile. As a data collection tool, parents of these children were asked to complete a food frequency and healthy habits questionnaire for children aged 5 to 9 years (Rito, 2007) and given a leaflet with the theme: “Growing with a diet Healthy". They were later invited to participate in a Workshop with the same theme, with the purpose of educating about the causes and consequences of childhood obesity, and empowering parents to acquire healthy eating habits. The sample (n = 48) was accidentally selected for convenience in a population of 132 children, with a higher BMI percentile of 85. Among the 48 children studied, 31 children (64.6%) had a BMI percentile between 85 and 97 (overweight) and 17 children (35.4%) had a higher BMI percentile of 97 (obesity). Of the sample, 18 children (37.5%) spend more than 1h30 min per day watching television, and this value increases over the weekend. Most children sleep the recommended minimum daily hours for this age group. More than half of families use 1 to 4 times a month for fast-food restaurants, which increases during the holidays. Most children only eat vegetables in soup and 21 children (43.8%) never ingests leguminous. We conclude that it is extremely important to encourage children and their families to acquire balanced and healthy eating habits, practice of daily physical activity, contributing to sedentary behaviors’ reduction, increase in the number of daily sleep’s hours, leading to an improvement in the children’s nutritional status. Parents are the first children’s socializing agents, influenced the learning of eating behaviors and healthy lifestyles. The family nurse has a privileged contact with the family, so it should contribute to their promotion of healthy life habits, besides the empowerment of the family in the performance of their care giver functions.2020-01-23T16:15:39Z2019-11-28T00:00:00Z2019-11-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/9603pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessCosta, Cristina Marisa Coroa dareponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:29:40Zoai:repositorio.utad.pt:10348/9603Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:00:25.060587Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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