“Prolonged fasting in paediatric anaesthesia: still a challenge in our practice? – an audit study”

• Autor(a) principal: Romano Ribeiro, Carolina
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Martins, Mafalda, Dourado, Cláudia, Pinho, Daniela
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: https://doi.org/10.25751/rspa.26147
• topic: Artigo Original

Introdução: O jejum pré-operatório visa principalmente evitar a aspiração pulmonar de conteúdo gástrico, tendo sido alvo de múltiplas revisões científicas. A sua realização por um período excessivo é frequente e associa-se a eventos adversos. O presente estudo audita o tempo de jejum em Ciruriga Pediátrica eletiva na nossa Instituição. Material e Métodos: Auditou-se prospetivamente o tempo de jejum em procedimentos eletivos de Cirurgia Pediátrica. Foram incluídos todos os doentes intervencionados entre 26 de março e 26 de abril de 2021, procedendo-se ao registo do período de jejum para líquidos claros, leite materno e sólidos/leite de fórmula. Resultados: Incluíram-se 53 doentes, com idade compreendida entre 1 mês e 18 anos, todos com classificação de estado físico segundo a Associação Americana de Anestesiologistas I. Verificou-se um tempo médio de jejum de 9,33,3h para líquidos claros e 9,83,0h para sólidos/leite de fórmula. Jejum ≥10h para líquidos claros foi identificado em >50% dos doentes.  Discussão: O jejum pré-anestésico identificado na população estudada é largamente superior ao recomendado, possivelmente pela tendência a recomendar “nada pela boca” durante a noite/a partir das 24h, falta de protocolos institucionais, desconhecimento do outcome negativo subjacente a regimes de jejum prolongado, ausência de consulta pré-anestésica e falta de atualização face às recomendações mais recentes. Conclusões: Tempos de jejum prolongados são ainda um problema na realidade atual. São necessárias medidas que promovam a sua redução, de acordo com as guidelines vigentes. Acreditamos que um contacto na véspera da cirurgia e a implementação de um programa formativo multidisciplinar podem integrar a solução.