Detailed seafloor morphology of the East Antarctic continental shelf, between 128º and 134ºE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, Ricardo Lionel Gonçalves
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/18063
Resumo: Dados de batimetria multifeixe e de sísmica de alta resolução, adquiridos na plataforma continental da Antártida, região Este, permitiram o reconhecimento de aspetos geomorfológicos derivados da dinâmica glaciar associada a um manto de gelo mais extenso no passado. No âmbito do projeto científico Norte-americano, Vulnerability of East Antarctic ice shelves da NSF (National Science Foundation), e do projeto EAIS-MARGINS do Programa Polar português (PROPOLAR), foi realizada a interpretação e análise quantitativa dos diversos aspetos morfológicos através da morfometria e análise estatística, com o objetivo de melhor entender a dinâmica do manto de gelo no passado. A área de estudo inclui um segmento da plataforma continental compreendida entre os glaciares Frost e Dibble (128ºE e 134ºE). Os dados foram adquiridos na campanha de investigação NBP1503 em Abril de 2015, a bordo do navio RVIB Nathaniel B. Palmer dos Estados Unidos da América. Os resultados revelam uma plataforma continental situada entre os 300 e 990 m de profundidade. A zona proximal e intermédia é caracterizada por um aspeto irregular, onde é possível constatar a presença de meltwater channels com mais de 230 m de profundidade e formas semelhantes a drumlins, identificadas entre os 800 e 900 m de profundidade. Sulcos deixados pela deriva de icebergs são esporadicamente observados na zona distal da plataforma continental entre os 380-410 m de profundidade. No limite da plataforma continental encontra-se presente um sistema de gullies que se desenvolvem ao longo do talude. Além disso a análise quantitativa dos aspetos morfológicos associados às formas de drumlin e gullies permitiu uma descrição morfológica mais detalhada, e encontrar padrões que permitiram obter mais informações sobre os fatores de controlo envolvidos durante a sua formação. A distribuição observada das diferentes morfologias identificadas é coerente com estudos anteriormente realizados e constituem uma forte evidência de que o manto de gelo teve uma extensão até ao limite da plataforma continental e que a sua dinâmica foi mais ativa do que se tem constatado.
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