Relato de dois casos clínicos da fase crónica de besnoitiose bovina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/8801 |
Resumo: | A Besnoitiose bovina, causada pelo Apicomplexa Besnoitia besnoiti, é uma doença parasitária reemergente na Europa, que se caracteriza por uma elevada morbilidade e baixa mortalidade nos bovinos. Apresenta uma fase aguda (com febre e anasarca) e uma fase crónica (esclerodermia) associada a consideráveis prejuízos económicos, sobretudo redução da produção de leite e carne, infertilidade nos touros, destruição da pele, abate prematuro e morte. Apesar de nem todos os animais infetados apresentarem sinais clínicos, são considerados portadores assintomáticos da doença através da presença de quistos na pele, no entanto, o aparecimento dos sintomas pode variar dependendo do tempo de infeção e da carga parasitária. O diagnóstico da doença pode ser concluído de diversas formas, nomeadamente através da serologia, que é um dos meios de eleição a partir da deteção de anticorpos específicos pelo método de imunofluorescência indireta. Também a histopatologia da derme é um exame complementar de diagnóstico muito importante, uma vez que permite detetar a presença de quistos na derme. Ainda não é conhecido nenhum tratamento com resultados satisfatórios em animais infetados, sendo a rastreabilidade da infeção pela colheita de sangue em animais com mais de 6 meses de idade, em simultâneo com a adoção de medidas de prevenção, os únicos meios para o controlo e evitar a disseminação da doença. A partir do estudo de dois casos clínicos foi possível verificar a fase crónica da doença, em dois bovinos, macho e fêmea, respetivamente com 8 anos de idade de raça Mertolenga e de 14 anos de idade de raça Limousine. Ambos os animais, foram objeto de análises que confirmaram a presença de Besnoitiose bovina, evidenciando sinais crónicos da mesma, procedendo-se, após período de isolamento dos animais ao seu abate por se tratar de reservatórios da doença, temendo-se a disseminação pela manada. |
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Relato de dois casos clínicos da fase crónica de besnoitiose bovinaMESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA VETERINÁRIAVETERINÁRIAMEDICINA VETERINÁRIABOVÍDEOSDOENÇAS PARASITÁRIASBESNOITIOSE BOVINACASOS CLÍNICOSVETERINARY MEDICINEBOVIDSPARASITIC DISEASESBOVINE BESNOITIOSISCASE REPORTSA Besnoitiose bovina, causada pelo Apicomplexa Besnoitia besnoiti, é uma doença parasitária reemergente na Europa, que se caracteriza por uma elevada morbilidade e baixa mortalidade nos bovinos. Apresenta uma fase aguda (com febre e anasarca) e uma fase crónica (esclerodermia) associada a consideráveis prejuízos económicos, sobretudo redução da produção de leite e carne, infertilidade nos touros, destruição da pele, abate prematuro e morte. Apesar de nem todos os animais infetados apresentarem sinais clínicos, são considerados portadores assintomáticos da doença através da presença de quistos na pele, no entanto, o aparecimento dos sintomas pode variar dependendo do tempo de infeção e da carga parasitária. O diagnóstico da doença pode ser concluído de diversas formas, nomeadamente através da serologia, que é um dos meios de eleição a partir da deteção de anticorpos específicos pelo método de imunofluorescência indireta. Também a histopatologia da derme é um exame complementar de diagnóstico muito importante, uma vez que permite detetar a presença de quistos na derme. Ainda não é conhecido nenhum tratamento com resultados satisfatórios em animais infetados, sendo a rastreabilidade da infeção pela colheita de sangue em animais com mais de 6 meses de idade, em simultâneo com a adoção de medidas de prevenção, os únicos meios para o controlo e evitar a disseminação da doença. A partir do estudo de dois casos clínicos foi possível verificar a fase crónica da doença, em dois bovinos, macho e fêmea, respetivamente com 8 anos de idade de raça Mertolenga e de 14 anos de idade de raça Limousine. Ambos os animais, foram objeto de análises que confirmaram a presença de Besnoitiose bovina, evidenciando sinais crónicos da mesma, procedendo-se, após período de isolamento dos animais ao seu abate por se tratar de reservatórios da doença, temendo-se a disseminação pela manada.Bovine Besnotitis, caused by Apicomplexa Besnoitia besnoiti, is a reemerging parasitic disease in Europe, characterized by high morbidity and low mortality in cattle. It presents an acute phase (with fever and anasarca) and a chronic phase (scleroderma) associated with considerable economic losses, mainly reduction of milk and meat production, infertility in the bulls, skin destruction, premature death and death. Although not all infected animals show clinical signs, they are considered asymptomatic carriers of the disease through the presence of cysts in the skin, however, the appearance of symptoms may vary depending on the time of infection and the parasite load. Diagnosis of the disease can be completed in a variety of ways, including through serology, which is one of the means of choice from the detection of specific antibodies by the indirect immunofluorescence method. Also the histopathology of the dermis is a very important complementary diagnostic examination, since it allows detecting the presence of cysts in the dermis. No treatment with satisfactory results in infected animals is yet known, with the traceability of infection by blood collection in animals older than 6 months of age, together with the adoption of preventive measures, the only means of control and dissemination of the disease. From the study of two clinical cases, it was possible to verify the chronic phase of the disease in two male and female cattle, respectively 8 years of age Mertolenga and 14 years of age of Limousine breed. Both animals were the subject of analyses that confirmed the presence of Besnoitiose, evidencing chronic signs of it, after a period of isolation of the animals to their slaughter because they are reservoirs of the disease, fearing the spread by the herd.2018-05-22T13:12:12Z2018-01-01T00:00:00Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/8801porCravidão, Clarisse Mariainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:10:24Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/8801Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:17:08.929617Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A Besnoitiose bovina, causada pelo Apicomplexa Besnoitia besnoiti, é uma doença parasitária reemergente na Europa, que se caracteriza por uma elevada morbilidade e baixa mortalidade nos bovinos. Apresenta uma fase aguda (com febre e anasarca) e uma fase crónica (esclerodermia) associada a consideráveis prejuízos económicos, sobretudo redução da produção de leite e carne, infertilidade nos touros, destruição da pele, abate prematuro e morte. Apesar de nem todos os animais infetados apresentarem sinais clínicos, são considerados portadores assintomáticos da doença através da presença de quistos na pele, no entanto, o aparecimento dos sintomas pode variar dependendo do tempo de infeção e da carga parasitária. O diagnóstico da doença pode ser concluído de diversas formas, nomeadamente através da serologia, que é um dos meios de eleição a partir da deteção de anticorpos específicos pelo método de imunofluorescência indireta. Também a histopatologia da derme é um exame complementar de diagnóstico muito importante, uma vez que permite detetar a presença de quistos na derme. Ainda não é conhecido nenhum tratamento com resultados satisfatórios em animais infetados, sendo a rastreabilidade da infeção pela colheita de sangue em animais com mais de 6 meses de idade, em simultâneo com a adoção de medidas de prevenção, os únicos meios para o controlo e evitar a disseminação da doença. A partir do estudo de dois casos clínicos foi possível verificar a fase crónica da doença, em dois bovinos, macho e fêmea, respetivamente com 8 anos de idade de raça Mertolenga e de 14 anos de idade de raça Limousine. Ambos os animais, foram objeto de análises que confirmaram a presença de Besnoitiose bovina, evidenciando sinais crónicos da mesma, procedendo-se, após período de isolamento dos animais ao seu abate por se tratar de reservatórios da doença, temendo-se a disseminação pela manada. |
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