De étnicos a “étnicos”: uma abordagem aos “angolares” de São Tomé e Príncipe
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/698 |
Resumo: | Angolares e forros têm o estatuto de grupos étnicos e rácicos, expressões quase equivalentes no contexto estudado, usadas pelos santomenses para se classificarem entre si. Forros e angolares sentem-se genética e ontologicamente diferentes: os forros consideram-se superiores pela junção com um sangue valorizador, o do europeu, que idealmente ter-se-ia misturado apenas com os seus ascendentes. Os angolares teriam sangue e comportamento “mais africano” e inferior, como resultado da sua pureza intacta, sinónimo de primitividade. O sangue misturado dos forros é a metáfora que valida e legitima uma cultura grupal que se considera mais propensa à civilidade e portanto à ocupação de lugares de maior poder socio-político e económico. |
id |
RCAP_8e700352807b8dbb236d77b1e0ce9b8a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/698 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
De étnicos a “étnicos”: uma abordagem aos “angolares” de São Tomé e PríncipeAngolarForroEtnicidadeSão Tomé e PríncipeEthnicityAngolares e forros têm o estatuto de grupos étnicos e rácicos, expressões quase equivalentes no contexto estudado, usadas pelos santomenses para se classificarem entre si. Forros e angolares sentem-se genética e ontologicamente diferentes: os forros consideram-se superiores pela junção com um sangue valorizador, o do europeu, que idealmente ter-se-ia misturado apenas com os seus ascendentes. Os angolares teriam sangue e comportamento “mais africano” e inferior, como resultado da sua pureza intacta, sinónimo de primitividade. O sangue misturado dos forros é a metáfora que valida e legitima uma cultura grupal que se considera mais propensa à civilidade e portanto à ocupação de lugares de maior poder socio-político e económico.Angolares and forros have the status of racial and ethnic groups, expressions that have almost the same meaning in the studied context, usually used by santomense people to identify one another. Forros and angolares feel genetically and ontologically distinct: the forros consider themselves superior due to the union with a greatly valued blood, the european one, that ideally had only mixed with forros ancestors. The angolares would have a “more african” blood and behaviour, being that way less civilized as a result of that supposed absence: they’re the purest, the untouchable, the real primitives. The mixed blood of the forros is the metaphor that gives legitimacy to a cultural group which consider themselves more civilized and so more prone to having valid access to socio-political and economic positions of power.2008-09-10T09:16:31Z2008-01-01T00:00:00Z20082008-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/698porFeio, Joana Abril Santos Nunes Areosainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:57:05Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/698Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:29:24.606279Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
De étnicos a “étnicos”: uma abordagem aos “angolares” de São Tomé e Príncipe |
title |
De étnicos a “étnicos”: uma abordagem aos “angolares” de São Tomé e Príncipe |
spellingShingle |
De étnicos a “étnicos”: uma abordagem aos “angolares” de São Tomé e Príncipe Feio, Joana Abril Santos Nunes Areosa Angolar Forro Etnicidade São Tomé e Príncipe Ethnicity |
title_short |
De étnicos a “étnicos”: uma abordagem aos “angolares” de São Tomé e Príncipe |
title_full |
De étnicos a “étnicos”: uma abordagem aos “angolares” de São Tomé e Príncipe |
title_fullStr |
De étnicos a “étnicos”: uma abordagem aos “angolares” de São Tomé e Príncipe |
title_full_unstemmed |
De étnicos a “étnicos”: uma abordagem aos “angolares” de São Tomé e Príncipe |
title_sort |
De étnicos a “étnicos”: uma abordagem aos “angolares” de São Tomé e Príncipe |
author |
Feio, Joana Abril Santos Nunes Areosa |
author_facet |
Feio, Joana Abril Santos Nunes Areosa |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Feio, Joana Abril Santos Nunes Areosa |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Angolar Forro Etnicidade São Tomé e Príncipe Ethnicity |
topic |
Angolar Forro Etnicidade São Tomé e Príncipe Ethnicity |
description |
Angolares e forros têm o estatuto de grupos étnicos e rácicos, expressões quase equivalentes no contexto estudado, usadas pelos santomenses para se classificarem entre si. Forros e angolares sentem-se genética e ontologicamente diferentes: os forros consideram-se superiores pela junção com um sangue valorizador, o do europeu, que idealmente ter-se-ia misturado apenas com os seus ascendentes. Os angolares teriam sangue e comportamento “mais africano” e inferior, como resultado da sua pureza intacta, sinónimo de primitividade. O sangue misturado dos forros é a metáfora que valida e legitima uma cultura grupal que se considera mais propensa à civilidade e portanto à ocupação de lugares de maior poder socio-político e económico. |
publishDate |
2008 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2008-09-10T09:16:31Z 2008-01-01T00:00:00Z 2008 2008-02 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10071/698 |
url |
http://hdl.handle.net/10071/698 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/octet-stream |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799134856013152256 |