Ingestão de Cáusticos em Idade Pediátrica: Conhecimentos dos Cuidadores

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Rosa
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Pereira, Cátia, Azevedo, Sara, Sá, Gabriela Araújo, Machado, Maria Céu
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2016.7157
Resumo: Introdução: A ingestão de cáusticos em idade pediátrica é frequente e pode associar-se a elevada morbilidade nesta faixa etária. Este estudo pretendeu avaliar o conhecimento dos cuidadores sobre esta temática e contribuir para a prevenção primária destes acidentes. Métodos: Estudo observacional, descritivo e longitudinal dirigido aos cuidadores que recorreram a um serviço de urgência hospitalar e a dois centros de saúde em junho e julho de 2014. Os cuidadores preencheram um questionário e receberam um folheto informativo. Resultados: Foram incluídos 324 questionários, 227 em serviço de urgência e 97 em centros de saúde. Conheciam alguém que ingeriu um cáustico 11,1% (n = 36). Consideraram que algumas substâncias podem estar ao alcance das crianças 9,9% (n = 32). Guardavam os tóxicos debaixo do lava-loiça 35,8% (n = 116) e num recipiente diferente do original 9% (n = 29). Não liam o rótulo do produto nem verificavam se tinha tampa de segurança 22,2% (n = 72). Não conheciam o Centro de Informação Antivenenos 35,5% (n = 115). Em caso de ingestão 29,3% (n = 95) não recorreriam ao hospital e 62,7% (n = 203) tomariam atitudes inadequadas, como induzir o vómito. Nunca receberam informação sobre este assunto 74,1% (n = 240). Os cuidadores que receberam informação prévia ou que conheciam casos de ingestão acidental possuiam mais informação sobre o Centro de Informação Antivenenos (p < 0,001) e avaliavam melhor a perigosidade dos produtos (p < 0,001). Discussão: É significativo o número de cuidadores que nunca recebeu informação ou que possui informação potencialmente incorreta, relativamente à consulta de rótulos, acomodação dos produtos e atuação perante uma ingestão acidental. É pertinente desenvolver estratégias de divulgação desta informação à população.
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