Maus tratos físicos de crianças
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.12/708 |
Resumo: | Dissertação de Mestrado em Psicologia Legal |
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Maus tratos físicos de criançasPsicologia forenseInstrumentosAbuso de criançasPrevençãoDesenvolvimento socialRelação entre paresFamíliaVinculaçãoAbuso sexualViolência amiliarLegal psychologyChild abusePreventionSocial developmentPeer relationFamilyAttachment behaviourSexual abuseFamily violenceDissertação de Mestrado em Psicologia LegalNesta dissertação pretende-se reflectir sobre o comportamento de crianças vítimas de maus tratos físicos, acompanhadas pela Comissão de Protecção de Menores de Peniche. O facto de as crianças serem sujeitas a constantes agressões físicas poderá ter efeito no seu comportamento podendo este ser revelador de comportamento de oposição, hiperactividade, agressividade, depressão, problemas sociais, queixas somáticas, isolamento, ansiedade e comportamentos obsessivos. A amostra é constituída por 20 crianças de ambos os sexos com idades compreendidas entre os 6 e os 14 anos, sendo que 10 destas crianças foram fisicamente maltratadas, tendo sido sujeitas a frequentes agressões físicas; fracturas, contusões, esquimoses, hematomas, etc... infligidas pelos pais ou prestadores de cuidados, tendo sido identificadas pela Comissão de Protecção de Menores de Peniche. As restantes 10 crianças não foram sujeitas a qualquer tipo de mau trato físico nem têm qualquer processo na Comissão de Protecção de Menores. Os pais ou substitutos parentais responderam ao Inventário de Comportamentos da Criança para Pais (l.C.C.P.) de Achenbach, (1991). Este inventário pretende avaliar numa primeira parte as competências sociais e numa segunda parte os problemas de comportamento das crianças. Relativamente à primeira parte fornece informação sobre a quantidade e a qualidade do envolvimento de cada criança em actividades da vida quotidiana, situações de interacção social, escolaridade, preocupações e qualidades do filho. A segunda parte do inventário fornece informações relativas à natureza e intensidade dos problemas de comportamento, na qual Fonseca et al, (1994), considerou oito escadas: Comportamento de Oposição, Comportamento Agressivo, Comportamento de Hiperactividade, Comportamento Depressivo, Problemas sociais, Queixas Somáticas, Comportamento de Isolamento, Ansiedade e Comportamento Obsessivo. Para o tratamento dos dados recolhidos efectuou-se uma avaliação quantitativa e qualitativa (análise de conteúdo) na primeira parte do Inventário e na segunda recorreu-se à estatística não paramétrica, sendo a mais indicada para este tipo de estudo o Teste de Mann Whitney, por forma a detectar ou não diferenças significativas entre as duas amostras correspondentes. Na análise dos resultados verificámos que relativamente à primeira parte - Actividades Quotidianas os pais das crianças vítimas de maus tratos apresentam menor diversidade nas respostas quer ao nível dos desportos que os filhos gostam de praticar, quer aos nível dos passatempos. Quanto à participação em Organizações/Clubes/Equipas os pais das crianças vítimas de maus tratos referem na sua maioria que os filhos não efectuam qualquer participação. Ambos os grupos referem a participação dos filhos em actividades domésticas. Os pais das crianças vítimas de maus tratos consideram o desempenho dos filhos relativamente às actividades domésticas dentro da média em algumas actividades (15) e abaixo da média noutras (8). A nível da Interacção Social o número de amigos que os filhos têm é considerado de igual modo em ambos os grupos da amostra (2 ou 3), bem como o número de vezes que se encontram fora do horário escolar (2 ou 3 vezes). Quanto ao relacionamento, os pais das crianças vítimas de maus tratos consideram na sua maioria, que estas se dão melhor com os irmãos, com os pais e a brincar e trabalhar sozinho, enquanto que os pais das crianças não vítimas de maus tratos consideram as mesmas categorias mas mencionam que o relacionamento é mais ou menos a mesma coisa. Relativamente às outras crianças, os pais das crianças vítimas de maus tratos consideram na sua maioria, que estas se dão mais ou menos a mesma coisa e o grupo das crianças não vítimas de maus tratos considera em maior número que estas se dão melhor. A nível da escolaridade ambos os grupos consideram na sua maioria que se encontram dentro da média a nível da feitura e da escrita. Na matemática, o grupo das crianças vítimas de maus tratos encontra-se na sua maioria dentro da média enquanto que o grupo das crianças não vítimas de maus tratos situa-se acima da média comparativamente às crianças da sua idade. Quanto à repetição de ano, 7 crianças do grupo vítimas de maus tratos já tiveram pelo menos uma repetência, enquanto que no grupo de crianças não vítimas de maus tratos os pais referem que esta nunca repetiram de ano. É de assinalar que 3 dos pais das crianças vítimas de maus tratos consideram que os filhos têm problemas de aproveitamento escolar. Nas principais preocupações com o filho, o grupo de pais das crianças vítimas de maus tratos refere preocupações a nível da categoria que designamos por família (ter o pai ausente, responder e desobedecer aos pais,...) e da categoria que designamos por sociedade (actos de abuso, drogas...). Relativamente a características que se relacionam directamente com o filho estas são mencionadas em ambos os grupos da amostra embora em diferentes perspectivas. No grupo crianças vítimas de maus tratos algumas das preocupações mencionadas sobre o filho são: teimoso, calão, irresponsável, desmazelado, fazer estragos com os colegas, ...; no grupo de crianças não vítimas de maus tratos, as preocupações traduzem-se de outro modo: seja muito feliz, não confiar nas suas capacidades, falta de iniciativa, indecisão, insegurança, não dar valor àquilo que tem, substimar-se...). A nível das qualidades do filho os pais das crianças não vítimas de maus tratos nomearam maior número de qualidades do seu filho (carinhoso, meigo, calmo, simpático, afável, bem educado, atencioso, dar opinião, responsável, cumpridor dos seus deveres, com humor, tolerante, preocupação com os outros, preocupação com os animais...) comparativamente aos pais das crianças vítimas de maus tratos (carinhoso, meigo, amigo, bom, sensível, dar beijos, ser muito dado, saber quando é que faz mal e quando faz bem, pedir desculpas, ser esperto, muito franco...), um dos pais das crianças vítimas de maus tratos considera que o seu filho não tem qualidades. A nível da categoria que designamos por "família" os pais das crianças vítimas de maus tratos referem um maior número de situações (gostar da companhia da mãe, andar sempre com a mãe, ajudar em casa e a tratar dos irmãos, ensinar os irmãos a ler e a escrever) do que os pais das crianças não vítimas de maus tratos (interessados nas tarefas familiares, participativo nas tarefas e dar ajuda).Instituto Superior de Psicologia AplicadaSá, EduardoRepositório do ISPAMorais, Elsa Maria dos Reis2011-08-10T14:19:47Z2001-01-01T00:00:00Z2001-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/708porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T16:36:49Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/708Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:18:49.206406Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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