Caracterização das admissões por asma ao serviço de urgência de um hospital central
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212013000400006 |
Resumo: | Introdução e métodos: A asma, patologia crónica, com gravidade variável e frequentes exacerbações, pode motivar recurso ao serviço de urgência (SU). Com o objectivo de caracterizar os asmáticos que, no ano de 2008, recorreram ao SU por agudização da doença, analisaram-se retrospectivamente os registos do SU em que asma foi o diagnóstico principal de alta. Resultados: Foram analisados 306 episódios de urgência, correspondendo a 260 doentes (60% do género feminino; com 41,1 ± 20,1 anos). De acordo com a triagem de Manchester, 53,3% foram classificados como amarelos, 43,5% laranjas e 2,3% vermelhos. Eram já seguidos por especialidade (Imunoalergologia//Pneumologia) 23,5% dos doentes. Quanto à medicação prévia: 12,4% não faziam medicação; 16,7% β2 em SOS; 3% aminofilina isolada; 3% β 2 de longa acção (β2LA) isolado; 5,6% corticóide inalado (CCI) e 21,2% associação β2LA/CCI; 9,2% anti-leucotrienos e outros; 6% nebulizações; 7% aminofilina + β2LA/CCI; 4% corticóide sistémico (CCS) e 2 também anti -IgE. No SU, 27 doentes fizeram apenas nebulizações (agonistas β2 ± anti -colinérgico); 256 nebulizações + CCS (18 também aminofilina e 15 MgSO4). Oito necessitaram de adrenalina e 3 de VNI. Foi pedida a colaboração de especialidades em apenas 28 episódios. Na alta, a medicação foi mantida em 61 casos e reforçada em 136 (49% com CCS). Havia infecção respiratória em 96 doentes (prescrito antibiótico a 86%). Na alta, 11% foram orientados para consulta de especialidade e 18% foram internados. Estavam grávidas 5 doentes (2 já seguidas em Imunoalergologia); nenhuma das outras 3 foi orientada para especialidade. Conclusões: Em 2008, um número significativo de doentes recorreu ao SU por exacerbações da asma, alguns em mais do que um episódio e com acentuada gravidade. De realçar que apenas um quarto destes doentes era previamente seguido em consulta de especialidade e que a medicação prévia nem sempre era a mais adequada. A colaboração de especialistas poderá melhorar a abordagem e orientação dos doentes, particularmente dos casos graves e das grávidas, com melhor controlo da asma. |
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