Do espaço doméstico ao espaço funerário: ideologia e cultura material na Pré-história Recente do Centro de Portugal.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1996 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/27781 |
Resumo: | Em textos recentes (SENNA-MARTINEZ, 1994a. e 1995b.), aduzimos evidência no sentido de podermos interpretar os sítios de habitat, correlacionáveis com alguns dos principais monumentos megalíticos localizados na plataforma do Mondego, como tendo tido uma utilização predominantemente sazonal e centrada nos meses de Outono e Inverno. O modelo económico-alimentar que então propusemos para as comunidades que, durante o quarto e o terceiro milénios a.C., construíram e utilizaram as necrópoles megalíticas desta área, considera a evidência disponível no sentido da prática de uma pastorícia transumante, completada por caça, recolecção intensiva, processamento e armazenagem de frutos de inverno (nomeadamente a bolota) e uma eventual pequena horticultura (SENNA-MARTINEZ, 1994a.). Propomo-nos agora reflectir de que forma a evidência arqueológica disponível possibilita pensar a relação habitat/necrópole enquanto pólos organizadores de um espaço a um tempo geográfico (isto é, físico e material) e simbólico (isto é, como representação mental de uma “ordem do mundo”). Fá-lo-emos conscientes de que a base de dados de que dispomos (veja-se a listagem de sítios dos Quadros I e II e a Fig.1) é, ainda, de dimensões reduzidas – conquanto pensemos que já representativa, sobretudo para uma área onde tudo, ou quase tudo, se desconhecia ainda há bem poucos anos – e, consequentemente, em diversos aspectos mais não podemos que produzir hipóteses de trabalho a desenvolver futuramente. |
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