Qualidade de vida de pessoas com esclerose múltipla: um contributo para a gestão da unidade hospitalar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Emília da Rocha
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/1728
Resumo: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crónica que afeta as fibras do Sistema Nervoso Central e que pode conduzir a incapacidade neurológica grave (SPAM, 2014). No sentido de contribuir para maior efetividade dos cuidados de saúde, com o presente estudo pretende-se conhecer/avaliar a perceção de QV das pessoas com EM acompanhadas na Consulta Externa da ULSAM, EPE e analisar a existência de diferenças na perceção de QV dessas pessoas em função de variáveis sociodemográficas e clínicas. Trata-se de uma investigação quantitativa, sendo o protocolo de recolha de dados constituído por questionário de caracterização sociodemográfica e clínica e pelo MOS SF-36v2. A amostra foi constituída por 67 pessoas com EM, maioritariamente feminino (82%), com idades compreendidas entre 20 e 71 anos, apresentando média de idades ± desvio padrão de 42 anos ± 11,7 anos. Do ponto de vista clinico, os participantes destacam o sentimento de fadiga, quer no início da doença (74,6%), quer atualmente (82,1%), tendo registado nas dimensões Saúde Mental e Vitalidade scores mais baixos. O MOS SF-36v2 no presente estudo registou valores de Alpha de Cronbach bons e excelentes, à exceção da Função Social com 0.624. Assim, na globalidade, a consistência interna dada pelos valores de Alpha de Cronbach variou entre o mínimo acima referido e o máximo de 0,931. Verificaram-se diferenças estatísticas significativas em relação a idade, sendo as mais jovens que apresentam QV superior nas dimensões na Função Física (t-Student=4,148; p-value<0,001); Desempenho Físico (t-Studen=2,581, p-value=0,012) e Desempenho Emocional (t-Student=2,714; p-value=0,009). As pessoas que referem fadiga e perda de equilíbrio obtiveram níveis de QV inferiores, registando-se diferenças estatisticamente significativas em todas as dimensões da QV, com exceção da Dor Física e Saúde em Geral. As conclusões permitiram maior conhecimento das pessoas com EM acompanhadas na ULSAM, EPE e adoção de medidas de melhoria da qualidade das práticas em saúde.
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