Aspetos positivos do cuidar e o apoio social percebido nos cuidadores informais de pessoas com demência
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10198/11846 |
Resumo: | A importância do apoio social percebido e dos aspetos positivos do cuidar prende-se com o facto de que ambos facilitam a tarefa do cuidar, diminuindo a angústia, o medo (Rodríguez, 2010), o stress, o risco de depressão, a sobrecarga e os problemas na saúde do cuidador (Las Hayas, 2012) através de sentimentos e emoções positivas (Cohen et al., 2002; Garcia et al., 2009). Foi desenhado um estudo observacional e correlacional, descritivo e analítico de carácter transversal junto de uma amostra de 86 cuidadores informais que recorrem à Asociación de Familiares de Enfermos de Alzheimer e otras Demencias de Galicia (AFAGA) e cujos familiares são utentes desta associação, com os seguintes objetivos: conhecer o perfil sociodemográfico e de cuidado do cuidador informal de pessoas portadoras de demência; identificar os aspetos positivos do cuidado mais valorizados pelos cuidadores informais; conhecer a perceção que os cuidadores possuem acerca do apoio social percebido e estudar a relação entre os aspetos positivos do cuidar e o apoio social percebido. Para tal construiu-se um questionário que inclui a escala do apoio social percebido criada por Zimet et al. (1988) e traduzida para castelhano por Landeta e Calvete (2002) e a escala dos aspetos positivos do cuidar de Tarlow et al. (2004 citado por Las Hayas, 2012), traduzida para castelhano por Las Hayas (2012). A amostra estudada é constituída maioritariamente por elementos do sexo feminino, com uma idade média de 55,99 anos, filhas da pessoa com demência, casadas, com estudos superiores e profissionalmente ativos. Verificou-se ainda que os cuidadores que mais partilham a sua habitação com o familiar cuidado são do sexo feminino, com estudos iguais ou inferiores ao ensino primário, encontram-se na situação de reformados ou desempregados e cuidam mais de 5 horas diárias. Os resultados mais salientes da escala dos aspetos positivos do cuidar incidiram sobre os itens "Faz-lhe sentir bem consigo mesmo" (=4,24), "Faz-lhe sentir mais útil" (=4,03), e " Permitiu-lhe dar mais valor à vida" (=3,94). Estes valores justificam a superioridade da média da dimensão "autoafirmação" (=22,3) sobre a média da dimensão "visão da vida" (=11,3). Na escala do apoio social percebido, verificou-se que os cuidadores percecionavam mais apoio advindo da pessoa significante e da família devido aos laços existentes entre o grupo familiar e a tipicidade da sua responsabilidade no cuidar na doença. Conclui-se ainda a existência de uma correlação entre os dois conceitos verificando-se que o aumento da perceção dos aspetos positivos conduz ao aumento do apoio social percebido. |
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Foi desenhado um estudo observacional e correlacional, descritivo e analítico de carácter transversal junto de uma amostra de 86 cuidadores informais que recorrem à Asociación de Familiares de Enfermos de Alzheimer e otras Demencias de Galicia (AFAGA) e cujos familiares são utentes desta associação, com os seguintes objetivos: conhecer o perfil sociodemográfico e de cuidado do cuidador informal de pessoas portadoras de demência; identificar os aspetos positivos do cuidado mais valorizados pelos cuidadores informais; conhecer a perceção que os cuidadores possuem acerca do apoio social percebido e estudar a relação entre os aspetos positivos do cuidar e o apoio social percebido. Para tal construiu-se um questionário que inclui a escala do apoio social percebido criada por Zimet et al. (1988) e traduzida para castelhano por Landeta e Calvete (2002) e a escala dos aspetos positivos do cuidar de Tarlow et al. (2004 citado por Las Hayas, 2012), traduzida para castelhano por Las Hayas (2012). A amostra estudada é constituída maioritariamente por elementos do sexo feminino, com uma idade média de 55,99 anos, filhas da pessoa com demência, casadas, com estudos superiores e profissionalmente ativos. Verificou-se ainda que os cuidadores que mais partilham a sua habitação com o familiar cuidado são do sexo feminino, com estudos iguais ou inferiores ao ensino primário, encontram-se na situação de reformados ou desempregados e cuidam mais de 5 horas diárias. Os resultados mais salientes da escala dos aspetos positivos do cuidar incidiram sobre os itens "Faz-lhe sentir bem consigo mesmo" (=4,24), "Faz-lhe sentir mais útil" (=4,03), e " Permitiu-lhe dar mais valor à vida" (=3,94). Estes valores justificam a superioridade da média da dimensão "autoafirmação" (=22,3) sobre a média da dimensão "visão da vida" (=11,3). Na escala do apoio social percebido, verificou-se que os cuidadores percecionavam mais apoio advindo da pessoa significante e da família devido aos laços existentes entre o grupo familiar e a tipicidade da sua responsabilidade no cuidar na doença. Conclui-se ainda a existência de uma correlação entre os dois conceitos verificando-se que o aumento da perceção dos aspetos positivos conduz ao aumento do apoio social percebido.The importance of perceived social support and positive aspects of care is related to the fact that both ease the task of care, reducing anxiety, fear (Rodriguez, 2010), stress, depression risk, the burden and problems in the caregivers health (Las Hayas, 2012) through feelings and positive emotions (Cohen et al,. 2002; Garcia et al., 2009). It was designed an observational, correlational descriptive and analytical study of transversal character with a sample of 86 informal caregivers who resort the Asociación de Familiares de Enfermos de Alzheimer e outras demencias de Galicia (AFAGA) and whose family members are users of this association, with the following objectives: know the sociodemographic profile and of care of the informal caregivers of people with dementia; identify the positive aspects of care most valued by informal caregivers; know the perception that caregivers have about the perceived social support and study the relationship between the positive aspects of care and the perceived social support. To this end it was constructed a questionnaire that includes the scale of perceived social support created by Zimet et al. (1988) and translated into Spanish by Landeta and Calvete (2002) and the scale of the positive aspects of care of Tarlow et al. (2004), translated into Spanish by Las Hayas (2012). The sample consists mainly of female elements, with an average age of 55.99 years, daughters of the person with dementia, married, with higher education and professionally active. It was also found that the caregivers who more share their house are women, with studies less or equal than the primary, are in the situation of retired or unemployed and care for more than 5 hours a day. The most remarkable results of the scale of the positive aspects of care focused on the items "It makes you feel good about yourself" (= 4.24), "It makes you feel more useful" (= 4.03), and "has allowed you to give more value to life "(= 3.94). These figures justify the average size of the superiority of "self-affirmation" (= 22.3) on the average size "view of life" (= 11.3). On the scale of perceived social support, it was found that caregivers perceived more support arising from the "significant person" and "family" because of the links that exist between the family group and the typicality of its responsibility in taking care of the person with the disease. It also concludes that there is a correlation between the two concepts verifying that the increased perception of positive aspects leads to increased perceived social support.Mata, Maria AugustaBiblioteca Digital do IPBAperta, Joana Sofia Couvelha2015-05-21T13:47:25Z201520152015-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/11846TID:201452960porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:27:52Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/11846Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:02:18.698417Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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