Poderá Realizar-se o Tratamento de Joanete de Alfaiate por Via Percutânea sem Recurso a Osteotomia do Quinto Metatársico?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Diniz,Pedro
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Carvalho,Paulo, Flora,Miguel, Domingos,Rui, Sarafana,João, Neves,Roxo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222016000200004
Resumo: Introdução: O joanete de alfaiate é uma doença do ante-pé caracterizada pela proeminência óssea sintomática ao nível da cabeça do quinto metatársico (M5). Existem diversas técnicas cirúrgicas descritas, muitas vezes acompanhadas de complicações não negligenciáveis. Nos últimos anos assistimos a um interesse crescente nas técnicas minimamente invasivas. O objectivo deste estudo foi avaliar os resultados da correcção cirúrgica por via percutânea no tratamento do joanete de alfaiate. Material e Métodos: Foram avaliados retrospectivamente 26 casos, correspondendo a 16 doentes (1 homem, 15 mulheres). Idade média: 62 anos (45-78). Seguimento médio: 3 anos (1-8). A técnica cirúrgica envolveu a osteotomia diafisária de varização de M5 e/ou a exostosectomia da cabeça de M5. Os resultados foram aferidos mediante avaliação radiográfica e clínica. Resultados: As intervenções cirúrgicas foram realizadas por 5 cirurgiões. Envolveram osteotomia de M5 em 15 casos, exostosectomia isolada em 9 casos e osteotomia de M5 associada a ressecção da exostose em 2 casos. Em 23 casos (88,5%) os doentes afirmaram estar satisfeitos ou muito satisfeitos. Os 3 casos que se revelaram insatisfeitos corresponderam a casos em que se executou apenas a exostosectomia em variantes anatómicas do tipo 3, com recorrência da deformidade. Registaram-se 4 casos de metatarsalgia de transferência imputável a outros procedimentos e 2 casos de diminuição da mobilidade na quinta articulação metatarsofalângica. Conclusão: A técnica cirúrgica estudada conferiu bons resultados, com grau elevado de satisfação dos doentes. De acordo com este estudo a osteotomia de M5 deve ser praticamente sempre realizada, muito raramente havendo indicação para exostosectomia isolada da cabeça de M5.
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