Níveis de poluentes orgânicos persistentes em golfinhos-comuns (Delphinus delphis) em Portugal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/25171 |
Resumo: | Os Golfinhos-comuns são bons bioindicadores dos efeitos das ameaças naturais e antropogénicas sobre o ecossistema marinho. Uma das ameaças no meio marinho é a presença de poluentes orgânicos persistentes (POPs) que, a longo prazo, podem causar um aumento de mortalidade, principalmente considerando os seus efeitos indiretos. Os POPs são poluentes lipofílicos muito estáveis e persistentes no ambiente e em seres vivos, podendo sofrer bioacumulação em seres vivos. O presente estudo consistiu na análise de vários POPs em Golfinhos-comuns arrojados entre 2009 e 2013, na costa portuguesa (n = 42). Todo o processo de necrópsia foi realizado na estação de campo de Quiaios. Os POPs foram analisados por cromatografia gasosa com deteção de captura de eletrões (GC-ECD). Nos Golfinhos-comuns analisados, as concentrações de POPs foram maiores para o ΣDDT (média de 1543 ± 232 μg · kg-1), seguido do ΣPCB (1218 ± 333 μg · kg-1). Dentro do ΣDDT a maior concentração foi para o 4,4’-DDE e dentro do ΣPCB as maiores concentrações foram para os PCBs 138, 153 e 180. Em relação à comparação entre machos e fêmeas, as concentrações da grande parte dos POPs foram maiores em Golfinhos-comuns machos do que em fêmeas, provavelmente devido à transferência de poluentes da fêmea para a descendência durante a gestação e a lactação. Quanto à maturidade, as maiores concentrações de POPs encontraram-se em Golfinhos-comuns imaturos exceto para o PCB 153, PCB 180 e ΣPCB. No que diz respeito a diferenças entre anos, o ano 2013 teve menores concentrações que o ano 2009, 2010 e 2011, o que parece indicar uma diminuição gradual dos níveis destes contaminantes no meio marinho |
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