Experiências de psicoterapia de pessoas heterossexuais cisgénero e pessoas LGBT+: resultados preliminares
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862021000300894 |
Resumo: | Resumo O presente estudo teve como objetivos avaliar os níveis de saúde mental em pessoas Heterossexuais Cisgénero (HC) e em pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans, e de outras minorias sexuais e de género (LGBT+) e examinar as experiências de psicoterapia de pessoas LGBT+ e o impacto destas experiências na saúde mental. Foi recolhida uma amostra de 322 participantes, entre os quais 207 HC e 115 LGBT+ que preencheram um survey online. Os participantes preencheram uma série de questões sobre a sua experiência de psicoterapia e o CORE-OM. Os resultados revelaram que as pessoas LGBT+ manifestaram significativamente piores indicadores de saúde mental, nomeadamente, maior sofrimento global e risco e menor bem-estar e funcionamento geral do que as pessoas HC. Os piores indicadores de saúde mental das pessoas LGBT+ foram parcialmente explicados pela exposição a práticas de conversão, pelo estado do processo psicoterapêutico e pela qualidade da relação com o psicoterapeuta. Perto de 3% dos participantes LGBT+ reportaram terem sido expostas a práticas de conversão e revelaram piores indicadores de saúde mental, nomeadamente, quase três vezes maior risco de suicidalidade do que as restantes pessoas LGBT+. Os resultados deste estudo têm importantes implicações para a prática clínica, destacando-se a necessidade de formação específica dos profissionais de saúde para as necessidades das pessoas LGBT+. São também destacadas implicações para políticas de saúde, confirmando-se que as práticas de conversão têm importantes prejuízos para a saúde mental de pessoas LGBT+, devendo por isso ser combatidas. |
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