A cidadela inacabada: a contenção emocional em António Lobo Antunes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Norberto do Vale Loureiro Teixeira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/27058
Resumo: TNum estudo intitulado “Um medo por demais inteligente, sobre autobiografias pessoanas”, Américo Diogo e Rosa Sil Monteiro, que consideram que Fernando Pessoa descobre, na interioridade (a que chamam ‘cidadela interior’), uma descoincidência entre a realidade intima e a realidade colectiva, o que gera uma introspecção ou, a bem dizer, uma autobiografia que não é uma “inteligência inibida pelo medo”, mas uma “inibição inteligente”. Pessoa preserva a sua ‘cidadela’ de um exterior no qual não se sente compreendido nem adaptado, concentrando-se no seu trabalho artístico, desenvolvido no seu ateliê (maioritariamente constituído por material inédito) que o conduz ao fingimento e à heteronímia. Esta percepção é deveras importante, uma vez que, na desvalorização do real, se concede “realidade unicamente ao ficcional”.
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