Perceção de risco, regulação emocional e motivos para o consumo de cocaína

• Autor(a) principal: Brito, Mónica Raquel da Silva
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/40698
• topic: Cocaína; Regulação emocional; Perceção de risco; Motivos para o consumo; Cocaine; Emotional regulation; Perception of risk; Reasons for use; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia

Em Portugal, à semelhança de outros países, os números oficiais, apontam para um aumento no consumo de substâncias ilícitas, sendo que a cocaína se destaca como a segunda substância ilícita mais consumida, originando graves repercussões na saúde pública em geral (Salvado, 2021). Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo principal a caracterização da perceção de risco, da regulação emocional e os motivos associados ao consumo de cocaína. A ausência de estudos, em Portugal, especificamente centrados neste domínio e o crescente aumento da prevalência desta problemática na sociedade, fundamenta o interesse na investigação do consumo de cocaína numa amostra de população portuguesa e a sua relação com a regulação emocional, a perceção de risco e os motivos para o consumo, de modo a contribuir para um maior conhecimento da problemática e para o desenvolvimento de programas de prevenção e intervenção. A amostra, não probabilística de conveniência, foi constituída por 418 jovens e adultos, com idades compreendidas entre os 18 e os 63 anos que preencheram os seguintes questionários: questionário Sociodemográfico, o Questionário de Regulação Emocional, o Questionário de Perceção de Risco e, ainda, o Questionário dos Motivos para o Consumo. Os resultados obtidos permitiram perceber que os consumidores têm níveis de perceção de risco inferiores aos consumidores. Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas em função do género, tendo o género masculino obtido maior nível de consumo, possuindo menor perceção de risco comparativamente ao género feminino. Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas na perceção de risco entre consumidores e não consumidores, tendo os consumidores menor perceção de risco. Foi também possível compreender a importância de desenvolver programas de prevenção nesta área.