Consumo esporádico excessivo em consumidores/as de álcool: contributos para uma análise compreensiva do risco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Helena Moura de
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Pires, Cristiana do Vale, Pinto, Marta
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/35213
Resumo: CONTEXTO: O uso nocivo de álcool é um dos determinantes de risco mais importantes na saúde da população, sendo o consumo esporádico excessivo (CEE) um indicador importante do mesmo. OBJECTIVO: O objetivo deste estudo é analisar a prevalência deste padrão de consumo (i.e., frequência, intensidade e duração) e explorar a sua relação com comportamentos de risco numa amostra de jovens e jovens adultos/as na cidade do Porto. MÉTODOS: Foram administrados um total de 403 questionários num período de 1 mês na cidade do Porto a jovens entre os 18 e os 29 anos (M = 22,76, DP = 3,57). O estudo enquadra-se no âmbito da epidemiologia social, dado procurar problematizar o CEE numa perspectiva biopsicossocial. RESULTADOS: Dos participantes que ingeriram bebidas alcoólicas nos últimos 12 meses, 67,7% reportaram ter feito consumos esporádicos excessivos, a maioria entre 1 a 2 vezes por semana, num período entre 3 a 4 horas. O número de bebidas por CEE foi em média de 5 para mulheres e de mais de 10 para homens. A disparidade na prevalência de consumo e a associação entre intensidade de consumo, género e comportamentos de risco, foram resultados particularmente relevantes para uma tentativa de operacionalizar uma definição compreensiva de CEE. CONCLUSÕES: Os resultados foram discutidos problematizando os critérios associados à definição de CEE. No sentido de potenciar respostas mais ajustadas às reais necessidades dos/as jovens que exibem este padrão de consumo, as políticas de saúde pública devem ser capazes de integrar a frequência, duração e intensidade do consumo na avaliação de risco.
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MÉTODOS: Foram administrados um total de 403 questionários num período de 1 mês na cidade do Porto a jovens entre os 18 e os 29 anos (M = 22,76, DP = 3,57). O estudo enquadra-se no âmbito da epidemiologia social, dado procurar problematizar o CEE numa perspectiva biopsicossocial. RESULTADOS: Dos participantes que ingeriram bebidas alcoólicas nos últimos 12 meses, 67,7% reportaram ter feito consumos esporádicos excessivos, a maioria entre 1 a 2 vezes por semana, num período entre 3 a 4 horas. O número de bebidas por CEE foi em média de 5 para mulheres e de mais de 10 para homens. A disparidade na prevalência de consumo e a associação entre intensidade de consumo, género e comportamentos de risco, foram resultados particularmente relevantes para uma tentativa de operacionalizar uma definição compreensiva de CEE. CONCLUSÕES: Os resultados foram discutidos problematizando os critérios associados à definição de CEE. No sentido de potenciar respostas mais ajustadas às reais necessidades dos/as jovens que exibem este padrão de consumo, as políticas de saúde pública devem ser capazes de integrar a frequência, duração e intensidade do consumo na avaliação de risco.BACKGROUND: The harmful use of alcohol is one of the most important determinants of public health, being heavy episodic drinking (HED) one important indicator of alcohol abuse. AIM: Considering the overall difficulties in the operationalization of HED and the consequent lack of research on the phenomenon in Portugal, the main aim is to analyze the prevalence of this consumption pattern (ie, frequency, intensity and duration) and to explore its relationship with risk behaviors in a sample of young and young adults in the city of Porto. METHODS: A total of 403 questionnaires were administered over a period of 1 month in the city of Porto to young people between 18 and 29 years old (M = 22.76, SD = 3.57). The study falls within the scope of social epidemiology, as it seeks to problematize the EEC from a biopsychosocial perspective. RESULTS: Of the participants who ingested alcohol in the last 12 months, 67.7% reported HED, the majority between 1 to 2 times a week, with drinking time ranging from 3 to 4 hours. The number of drinks per binge drinking episode was of 5 on average for women and more than 10 for men. Results such as the disparity in the prevalence of consumption when using different criteria to define HED and the association between levels of consumption, gender and risk behaviors, appeared as particularly relevant to the discussion of a comprehensive definition of HED. CONCLUSIONS: The results will be discussed problematizing the criteria associated with the definition of CEE. In order to foster more appropriate responses to the real needs of young people exhibiting this pattern of consumption, public health policies should be able to integrate the frequency, duration and intensity of consumption in risk assessment.CONTEXTO: El uso nocivo de alcohol es uno de los determinantes de riesgo más importantes en la salud de la población, siendo el consumo esporádico excesivo (CEE) un indicador importante del mismo. OBJETIVO: El objetivo principal de este estudio es producir datos que permitan una lectura más profunda de sus dinámicas, en particular con respecto a la frecuencia, intensidad y duración de este patrón de consumo en una muestra de consumidores/as jóvenes y jóvenes adultos/as. METODOLOGÍA: Se administraron un total de 403 cuestionarios en un período de 1 mes en la ciudad de Porto a jóvenes entre los 18 y los 29 años (M = 22,76, DP = 3,57). El estudio cae dentro del alcance de la epidemiología social, ya que busca problematizar la CEE desde una perspectiva biopsicosocial. RESULTADOS: De los participantes que ingirieron bebidas alcohólicas en los últimos 12 meses, 67,7% reportaron haber hecho consumos esporádicos excesivos, la mayoría entre 1 a 2 veces por semana, en un período entre 3 a 4 horas. El número de bebidas por CEE fue en promedio de 5 para mujeres y de más de 10 para hombres. La disparidad en la prevalencia de consumo y la asociación entre la intensidad de consumo, el género y los comportamientos de riesgo, fueron resultados particularmente relevantes para el intento de operacionalizar una definición comprensiva de la CEE. CONCLUSIONES: Los resultados fueron discutidos problematizando los criterios asociados con la definición de CEE. Para fomentar respuestas más apropiadas a las necesidades reales de los jóvenes que exhiben este patrón de consumo, las políticas de salud pública deberían poder integrar la frecuencia, duración e intensidad del consumo en la evaluación de riesgos.Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaCarvalho, Helena Moura dePires, Cristiana do ValePinto, Marta2021-09-24T16:25:53Z2020-062020-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/35213por1647-216010.19131/rpesm.0270info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:40:42Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/35213Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:28:33.439443Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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