O Comportamento Parental Em Mães De Crianças Com Distúrbio Hiperactivo E Défice De Atenção (DHDA)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Margarida dos Santos
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.12/3857
Resumo: Procurou-se construir uma teoria sobre o comportamento parental de mães de crianças com hiperactividade. Os participantes são doze mães e um neuropediatra, tendo sido feitas catorze entrevistas no total. As mães têm idades entre os 36 e os 46 anos e as crianças têm idades entre os 7 e os 16 anos. Os dados foram recolhidos através de entrevistas semi-estruturadas e analisados pelo método da “Grounded Theory”. Durante os primeiros anos da criança, o seu comportamento irrequieto é desvalorizado pelas mães, sendo este atribuído a uma certa imaturidade da criança. Quando a criança entra para a escola e começam a surgir queixas de má-educação desta, juntamente com outros factores, estas mães atingem o limite das suas capacidades para suportar tal irrequietude e há um forte sentimento de culpabilização pelo seu próprio comportamento. Surge então a suspeita de hiperactividade e é iniciada uma procura desse diagnóstico. Obtido o diagnóstico e iniciada a medicação surge a esperança de que a criança possa ficar curada e surge uma nova criança que é aceite e elogiada em todos os contextos e que ensina a mãe a lidar com uma criança hiperactiva. O diagnóstico de hiperactividade corresponde para estas mães a uma absolvição da culpa sobre a causa do comportamento da criança, pois sentem finalmente que há algo que prova a sua inocência em relação à acusação de serem as culpadas pelo comportamento da criança. Perspectivando o futuro dos seus filhos estas mães mantêm um receio sobre este, tal como uma certa culpabilização por pensarem não ter sido capazes de dar os instrumentos necessários para o futuro da criança. A identificação de diversas fases pelas quais as mães passam ao longo dos anos de convivência com a criança, o sentimento de culpabilização que as acompanha, bem como a relação de indiferenciação que se desenvolve entre mãe e filho são algumas das características encontradas que não haviam sido identificadas por outros estudos anteriores.
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