Implicações estratégicas e operacionais para a segurança no Leste da Ásia com a entrada ao serviço do porta-aviões Shi Lang e do J-20 da República Popular da China
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/3261 |
Resumo: | Esta comunicação propõe-se analisar as possíveis implicações estratégicas em termos de segurança regional associadas respectivamente à remodelação e entrada ao serviço do portaaviões Shi Lang e à construção e entrada ao serviço do caça furtivo de 5ª geração, J-20, muito provavelmente antes de 2016. O porta-aviões Varyag, adquirido à Ucrânia está a ser remodelado e modernizado nos estaleiros navais de Dalian (primeiras provas de mar em Agosto de 2011). A China deverá construir entre 3 a 4 porta-aviões de forma a garantir a permanência continuada em operações de um porta-aviões enquanto os restantes estarão em regime de rotatividade tanto em treino operacional como em manutenção. As implicações estratégicas resultantes da decisão da China em construir porta-aviões são importantes por diversos factores: porque materializará a obtenção de uma capacidade de projecção de poder naval bem para além de Taiwan – muito provavelmente direccionada para o Sul do Mar da China, reforçando as reivindicações territoriais de Pequim, e ilustrará e reforçará o estatuto político e diplomático da China como grande potência, podendo em resultado, alterar as percepções de (in)segurança regional quanto ao equilíbrio estratégico vigente. No que concerne ao caça furtivo de 5ª geração Chengdu J-20 (o primeiro voo de teste realizouse a 11 de Janeiro de 2011), este pode representar igualmente uma manobra estratégica da China de consolidação do seu estatuto como grande potência, mas catalisando no processo, as percepções de (in)segurança de muitos países asiáticos em resultado do crescimento do seu poder militar, que parece tender a condicionar a capacidade de projecção militar regional dos EUA, de acordo com uma estratégia de negação de acesso. De facto, para além dos EUA, na região da Ásia-Pacífi co, a China é o único país com um programa autónomo de investigação e desenvolvimento de um caça de 5ª geração, pois o Japão está a dar os primeiros e tímidos passos num projecto similar e a Rússia e a Índia, só recentemente (Dezembro de 2010) assinaram um acordo de cooperação técnica relativo ao Su T-50. A entrada ao serviço do J-20 poderá forçar países da região a reconsiderarem os seus planos de modernização das respectivas Forças Aéreas. |
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