Avaliação dos cuidados de fisioterapia domiciliária em idosos vítimas de acidente vascular cerebral (AVC)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jacob, Sophie Geraldes
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/1206
Resumo: Introdução: Actualmente, cerca de 80% das pessoas com mais de 65 anos sofrem, pelo menos, de uma doença crónica. Seja de natureza física, mental ou de ambas, a doença crónica é uma das maiores causas de incapacidade, significando a perda de independência e muitas vezes da própria autonomia. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade em todo o mundo, tendo sido apontado pela Direcção Geral de Saúde como a principal causa de incapacidade para idosos em Portugal. A (in)capacidade funcional é um dos outcomes mais importantes após um AVC, sendo a sua avaliação das mais complexas, pois envolve a conjugação de vários factores. A fisioterapia tem um papel fundamental no processo de reabilitação, sendo que grande parte da recuperação funcional pode ser atribuída à prática efectiva da fisioterapia. A intervenção domiciliária deve dar uma resposta útil perante o aumento significativo de solicitações por parte dos utentes, o aumento da esperança média de vida, o aumento de utentes com patologias crónicas e a necessidade de diminuição dos dias de internamento hospitalar. Contudo, em Portugal não existe uma uniformização nos serviços públicos de saúde sobre os cuidados específicos de fisioterapia domiciliária, à excepção da carteira de serviços dos fisioterapeutas englobados nos Cuidados de Saúde Primários. Objectivos: O objectivo geral desta investigação correspondeu à avaliação da capacidade funcional, durante um período de dois meses, dos utentes com sequelas de AVC submetidos a um programa de fisioterapia domiciliária através da sua integração em Equipas de Cuidados Continuados Integrados. Materiais e Métodos: A amostra foi constituída por 46 idosos com sequelas de AVC, que se encontravam integrados nas ECCIs do Distrito da Guarda. Cada utente foi submetido a dois momentos de avaliação, com intervalo de dois meses e correspondente a um total de 20 sessões de fisioterapia domiciliária, com periodicidade de 2 sessões por semana. Em cada momento de avaliação foi avaliada a capacidade funcional dos utentes através da aplicação do Índice de Barthel (IB) e da Motor Assessment Scale (MAS), sendo que na primeira avaliação foi ainda aplicado um questionário de caracterização. Resultados: Dos 46 utentes incluídos no estudo 28 eram do sexo masculino e 18 do feminino, e 41,3% apresentavam idades entre 75-84anos. O tipo de AVC mais frequente foi o Isquémico (60,9%), sendo a lesão do hemisfério esquerdo a predominante (56,5%). Na maioria dos casos o cuidador é o cônjuge (60,9%) com idade média de 62,98. Relativamente à avaliação da capacidade funcional, os resultados apontam para um aumento de 10,17 pontos na média da MAS (média em t0 = 15,24 e em t1 = 25,41) e de 21,41 pontos na média do IB (média em t0 = 40,11 e em t1=61,52), sugerindo uma melhoria na funcionalidade, que se evidenciou significativa após a realização de 20 sessões de fisioterapia domiciliária (p=0,001 para a MAS e p=0,001 para a IB). Conclusão: A realização de um programa de 20 sessões de fisioterapia domiciliária evidenciou uma melhoria significativa na capacidade funcional em idosos vítimas de AVC, quando medida pelo Índice de Barthel (p=0,001) e pela Motor Assessment Scale (p=0,001).
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