Uso do método INSURE versus CPAP nasal isolado em recém-nascidos de muito baixo peso com 30 ou menos semanas de gestação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Saianda,Ana
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Fernandes,Ricardo M, Saldanha,Joana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-21592010000500006
Resumo: Introdução: Pretende-se determinar se a utilização do método INSURE em recém-nascidos de muito baixo peso, com idade gestacional (IG) ≤ 30 semanas se associa a menor morbilidade e mortalidade quando comparado com uso de nCPAP isolado. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva dos RNMBP nascidos num hospital de apoio perinatal diferenciado entre Janeiro/2002-Agosto/2008. Incluíram-se as crianças registadas na Vermont-Oxford Network com IG ≤30semanas e com uso de nCPAP logo após o nascimento (N=96). Estabeleceu-se Grupo nCPAP - uso de nCPAP isolado (N=40) e Grupo INSURE (N=56). Consideraram-se outcomes precoces: síndroma de dificuldade respiratória (SDR), necessidade de administrar surfactante com intuito terapêutico ou recurso a ventilação invasiva. Compararam-se igualmente outcomes tardios: doença pulmonar crónica da prematuridade (DPC), mortalidade e o outcome composto DPC-mortalidade. Resultados: No grupo INSURE verificou-se menor IG, não se registando diferenças relativamente ao peso ao nascer e indução da maturação pulmonar. Verificou-se SDR em 21/40 (53%) casos do grupo nCPAP e em 17/56 (30%) casos do grupo INSURE (OR ajustado [IC 95%] - 0,2 [0,1 -0,6]). No grupo nCPAP todos estes casos realizaram surfactante com intuito terapêutico, não tendo sido efectuada nenhuma dose adicional de surfactante no grupo INSURE. Verificou-se maior número de casos com necessidade de VI no grupo nCPAP do que no grupo INSURE (11/40, 28% vs 9/56, 12%). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas relativamente aos outcomes tardios. Conclusão: Em RNMBP com IG ≤30sem, o uso isolado de nCPAP poderá traduzir-se numa ligeira desvantagem em outcomes precoces, sem evidentes repercussões em termos de DPC ou mortalidade.
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