A cobertura jornalística do mar na imprensa portuguesa e o lugar da ciência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Aurora Maria Agostinho
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.8/5168
Resumo: Este estudo analisa a cobertura do tema do mar na imprensa portuguesa e o lugar que cabe à ciência nesse processo. Cada vez mais se reconhece a importância vital que o oceano tem para a humanidade. A comunicação do conhecimento científico sobre o mar é considerada fundamental para a literacia do oceano, de forma a que se compreenda a sua influência para a vida humana e vice-versa, bem como a sua função enquanto regulador das alterações climáticas. Existem indicações de um distanciamento progressivo dos portugueses em relação ao mar, apesar da forte ressonância cultural marítima nacional. Estando o oceano, na sua extensão e profundidade, fora da experiência direta pessoal, é provável que uma parte considerável do acesso ao conhecimento sobre o mar aconteça através da comunicação social. A teoria do agendamento defende que os media, ao prestarem atenção a determinados assuntos em detrimento de outros, influenciam a importância que o público lhes atribui, especialmente a assuntos fora da sua esfera de ação imediata. A pesquisa por palavras-chave relacionadas com o mar em quatro títulos portugueses, Correio da Manhã, Público, Expresso e Diário de Notícias, durante o ano de 2018, reuniu 2364 artigos. Desses artigos, menos de um quarto foram considerados jornalismo de ciência. A nossa análise de conteúdo sugere que o investimento editorial no tema "mar" é reduzido, na sua maioria rotinizado, tem influência sazonal e privilegia o discurso oficial. Apesar de cobrir eventos relevantes para a ciência, nem sempre a sua dimensão científica é explorada. Identifica-se ainda tendência para emprestar aos títulos uma tónica emocional, bem como níveis de certeza superiores ao que a evidência científica demonstra, interferindo com uma eficaz comunicação sobre a necessidade de conhecer e preservar o oceano. Por fim, sugerem-se linhas de pesquisa futura na promissora área da comunicação de ciências oceânicas nos media.
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