Monitorização electrocardiográfica ambulatória na distrofia miotónica do Tipo 1

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sá, Maria Isabel
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Cabral, Sofia, Costa, P. Dias, Coelho, Teresa, Freitas, Mário Nélson Morais, Gomes, J. Lopes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/8722
Resumo: A distrofia miotónica é uma doença multissistémica, sendo o envolvimento do coração a segunda causa de morte destes doentes. O atingimento do tecido de condução cardíaco é o mais frequente, caracteristicamente de forma variavelmente progressiva e assintomática. Uma vigilância especial nestes doentes, através da monitorização electrocardiográfica, torna-se então necessária, sendo a sua periodicidade desconhecida. Foi nosso objectivo avaliar as alterações “de novo” no Holter realizado aos oito meses de seguimento de um grupo de 36 doentes previamente estudados com o diagnóstico genético de distrofia miotónica do tipo 1 e correlacioná-las com dados genéticos, neurológicos, electrocardiográficos e factores de risco para eventos cardíacos. Encontramos elevada prevalência e variedade de alterações no Holter basal e de seguimento, sendo que em 11 doentes estas justificaram a implantação de pacemaker permanente. Em oito doentes estas não foram documentadas em Holter prévio. Sugerimos, com base nos nossos achados, que a monitorização por Holter nos doentes com distrofia miotónica deve ser feita em intervalos regulares, não superiores a 6 meses. Não foram encontrados parâmetros preditores para a ocorrência destas alterações.
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