As Funções da Afetividade e as suas Relações Dialéticas com a Inteligência
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10884/599 |
Resumo: | As relações dialéticas entre a afetividade e a inteligência, termos simultaneamente antagónicos e complementares na formação do conhecimento, constituem uma questão persistente na história do pensamento filosófico e científico ocidental. Este artigo conduz a análise ao longo de um encadeamento históricamente orientado entre a filosofia grega, Descartes, Hume, Kant, Piaget e os filófos contemporâneos das ciências cognitivas. A afectividade é tradicionalmente encarada como o caos, paixão, irrealidade e desequilíbrio, por oposição à racionalidade e procura de equilíbrio da inteligência. A filosofia conseguiu, de alguma forma, lidar melhor do que a ciência com o irracional na dialética entre as funções da afectividade e a inteligência. Defende-se aqui que a função da afetividade é conduzir em direção à irrealidade, ao fantástico, à criação de novos significados; não uma desordem que destrói, mas uma desordem criadora, geradora de novos sentidos. Esta visão da ordem a partir do caos conduz hoje a novas perspectivas acerca das funcões da afectividade e do papel indispensável que a sensibilidade representa no conhecimento, por influência dos paradigmas da complexidade e da contigência nas práticas analíticas contemporâneas (quantum de energia, ruido e caos, informação, informática) e a complementaridade entre fenómenos desordenados e fenómenos organizadores. |
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