Caracterização do processo de cuidados de fisioterapia de utentes após internamento por AVC
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.11/1813 |
Resumo: | INTRODUÇÃO O Acidente Vascular Cerebral continua a ser a condição mais prevalente e com grande impacto na sociedade, sendo classificado como a doença crónica mais incapacitante, apesar dos inúmeros avanços ao nível da prevenção e intervenção perante o AVC. A mortalidade tem diminuído, contudo a taxa de incidência do AVC mantém-se, e o número de indivíduos com sequelas de AVC e a necessitar de reabilitação pode aumentar, considerando o aumento da esperança média de vida da população portuguesa. OBJECTIVOS Caracterizar os cuidados de fisioterapia prestados e avaliar os seus resultados na independência funcional e no estado de saúde de uma amostra de sujeitos após AVC. METODOLOGIA Estudo descritivo, longitudinal, não experimental, com uma amostra de 27 sujeitos organizados em quatro grupos consoante o processo de cuidados de fisioterapia recebidos, com quatro momentos de avaliação. Foi avaliada a independência funcional (Indice de Barthel) e a perceção do estado de saúde (MOS-SF-12).Para análise estatística utilizaram-se testes não-paramétricos (Wilcoxon-Mann-Whitney) na comparação entre grupos e medidas de tendência central e de dispersão para caracterização da amostra. RESULTADOS Os 27 participantes pertenciam a uma população de 51 indivíduos internados num Serviço de Medicina Interna, após AVC. Foram distribuídos em quatro grupos: grupo A, que não realizou tratamentos de fisioterapia (n=3; 72,00±2,646 anos; 66,7% masculino); grupo B que recebeu cuidados de fisioterapia no internamento (n=4; 80,00±8,124 anos; 75,0% masculino); grupo C que recebeu cuidados de fisioterapia no ambulatório (n=8; 71,50±6,481 anos; 62,5% masculino) e grupo D que recebeu cuidados em internamento e ambulatório (n=12; 71,25±9,275 anos; 33,3% masculino). Nas relações inter-grupos para a independência funcional e para o estado de saúde, encontraram-se diferenças significativas entre os grupos que receberam e os que não receberam cuidados de fisioterapia. Em relação à independência funcional, contudo foi na comparação entre os grupos C e D que o valor de p teve maior significância. Em relação ao estado de saúde, apenas se obteve significância estatística, bastante forte, para a relação entre os grupos C e D. CONCLUSÕES Foram encontradas diferenças na avaliação inicial entre os grupos, que poderão explicar o recurso à intervenção da fisioterapia. Nos grupos que receberam cuidados de fisioterapia estes mostraram resultados significativos com vantagem para o grupo que recebeu cuidados ao longo de todo o processo de recuperação funcional. |
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