Caracterização por RM das lesões do ovário hipointensas em T2
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25748/arp.14065 |
Resumo: | A avaliação de lesões anexiais indeterminadas em ecografia deve ser efectuada por Ressonância Magnética (RM). Em primeiro lugar, é fundamental a determinação da sua localização exacta, dado que os diagnósticos diferenciais e abordagem terapêutica são completamente distintos consoante o órgão de origem. Alguns sinais que podem auxiliar na determinação de origem ovárica são: presença de folículos e de parênquima ovárico normal em redor da lesão sem plano de clivagem (“embedded organ sign”); deformação do contorno do ovário pela lesão (“beak sign”); visualização de um pedículo vascular ou das veias gonádicas em continuidade com a lesão (“sinal do ligamento suspensor do ovário”); desvio dos vasos ilíacos lateralmente e dos ureteres pélvicos posterior ou póstero-lateralmente. A maioria das lesões do ovário têm componente quístico com elevado sinal em T2, sendo menos frequente a identificação de lesões hipointensas em T2. Existe uma ampla lista de diagnósticos diferenciais para lesões com hipossinal em T2, que inclui: lesões hemorrágicas (nomeadamente endometrioma), com componente de músculo liso (leiomioma), com tecido fibroso (fibroma, tecoma e cistadenofibroma) e tumores com celularidade mista (tumor de Brenner, “struma ovarii” e tumor de Krukenberg). De acordo com as recomendações da ESUR publicadas em 2017, é fundamental a sua avaliação em sequência de difusão com valor de b elevado. Quando nas sequências de b elevado estas lesões apresentam sinal baixo, tratam-se de lesões benignas, não sendo necessária investigação adicional. Por outro lado, quando demonstram sinal elevado ou intermédio é essencial a administração de contraste endovenoso, idealmente com estudo dinâmico. |
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