Exercício anaeróbio, óxido nítrico e peroxidação lipídica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Valado, Ana
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Pereira, Leonel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/14463
Resumo: Introdução: O exercício físico regular é considerado, não só, um factor importante para o bem-estar físico e psíquico do indivíduo como, pode mesmo, interferir no processo de envelhecimento, retardando-o. Contudo, a prática do exercício físico desencadeia uma situação de stress fisiológico, à qual o organismo responde activando mecanismos de adaptação. A disponibilidade de oxigénio e a libertação de óxido nítrico propiciam a formação de espécies reactivas de oxigénio, conduzindo à formação de lesões celulares e tecidulares graves. Objectivo: Determinar o efeito do exercício anaeróbio intenso, em indivíduos treinados (atletas) e não treinados (controlo), na produção e libertação de óxido nítrico e na formação de radicais livres de oxigénio. Material e métodos: No estudo participaram indivíduos jovens, voluntários, que constituíram dois grupos: atletas e grupo controlo, que não praticava desporto com regularidade. Realizou-se um teste anaeróbio supra-máximo, designado teste de Wingate. Procedeu-se à colheita de sangue em dois momentos, em repouso e 15 minutos após o exercício, à excepção dos lactatos. Por fim, efectuou-se o estudo laboratorial, determinando as concentrações de lactatos sanguíneos, óxido nítrico plaquetar e plasmático e de malonildialdeído plasmático. Resultados: Os atletas manifestaram uma diminuição signifi cativa em repouso e após exercício nos níveis de malonildialdeído, em relação ao grupo controlo. Nos atletas verifi cou-se, também, uma diminuição signifi cativa, na concentração de lactatos, após exercício, relativamente ao controlo. Contrariamente, as concentrações de nitritos intraplaquetares, libertados pela plaqueta e totais apresentaram nos atletas, um aumento signifi cativo, em repouso e após exercício, relativamente ao controlo. Conclusão: As diferenças encontradas entre os grupos relacionam-se com o treino físico, parecendo estimular os mecanismos de adaptação, bem como as defesas antioxidantes dos atletas, conferindo maior protecção cardiovascular e maior protecção contra o stress físico e oxidativo, comparativamente aos indivíduos que não praticavam desporto com regularidade.
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