“Convento de Nossa Senhora dos Remédios – Reutilização Museológica de um Património Conventual”.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/8844 |
Resumo: | Resumo: Pretende-se fazer a abordagem de um conjunto conventual que passou por vicissitudes várias desde a sua desocupação pelos frades carmelitas, exigida pela extinção das ordens religiosas e a sua reutilização atual que contribui para que este património continue vivo e em condições de ser transmitido às gerações vindouras, nas melhores condições. O Convento de Nossa Senhora dos Remédios, foi casa religiosa fundada por iniciativa do bispo de Évora D. Teotónio de Bragança datando a sagração da igreja conventual do ano de 1614. Integrando a reformada Ordem dos Carmelitas possuía regra austera que obrigava a pobreza e despojamento rigorosos. O carisma contemplativo e apostólico das comunidades dos Carmelitas Descalços inspiravam-se na acção de Jesus “ora orando isolado no deserto, ora em piedosa intervenção quando no meio da multidão”. Situando-se o convento no exterior da muralha medieva, em área anexa às Portas de Alconchel, à época principal ligação da cidade com o exterior, era local privilegiado de circulação de pessoas e bens. Possui a igreja orientação sudeste/noroeste desenvolvendo-se o claustro para sudoeste, rodeando-se este com os compartimentos necessários à vida da comunidade religiosa: a sudeste, a ala onde se situava a sala do Capítulo, refeitório e escada “regular” de acesso ao dormitório do piso superior, subdividido em celas; a sudoeste dependências de serviço, nomeadamente o refeitório e cozinha; a noroeste, localiza-se a igreja assim como o pequeno compartimento para os livros de orações e a noroeste, na ala dos “mossos”, localiza-se ainda hoje a primitiva portaria. Possivelmente existiriam aí outros compartimentos como sala de aula, hospedaria, enfermaria, refeitório para os “noviços”, dependências para armazenamento de víveres e um acesso entre os dois pisos a ligar ao dormitório. No tardoz do altar-mor da igreja, no prolongamento da ala claustral, existe ainda hoje a sacristia assim como capela mortuária de um dos benfeitores da casa. A cerca conventual envolvia o conjunto edificado pelos lados sudoeste e sueste situando-se as ligações com o espaço público a noroeste. Passados cerca de 200 anos sobre a sua saída dos frades carmelitas, a igreja é utilizada atualmente para a realização de recitais e aulas de música clássica e canto, a capela funerária é ocupada por gabinete, a sacristia é local de aulas de música, a sala do capítulo foi transformada em espaço para crianças mantendo o “refeitório dos frades” a anterior função. As alas sudoeste e dos “mossos” estão totalmente reestruturadas sendo hoje ampla galeria de exposições. O andar superior ocupado pelas celas foi totalmente remodelado aí existindo amplos espaços destinados a exposições e actividades complementares. A cerca, cedida pela Fazenda Pública à Câmara Municipal de Évora em 1839, foi no ano seguinte reutilizada como cemitério. Os serviços necessários à sua manutenção encontram-se igualmente instalados no atual conjunto edificado. |
id |
RCAP_91b4cce2774de9872e5dc5b6a94bfae1 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:dspace.uevora.pt:10174/8844 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
“Convento de Nossa Senhora dos Remédios – Reutilização Museológica de um Património Conventual”.Conservação, patrimóniomusealização, reutilizaçãoResumo: Pretende-se fazer a abordagem de um conjunto conventual que passou por vicissitudes várias desde a sua desocupação pelos frades carmelitas, exigida pela extinção das ordens religiosas e a sua reutilização atual que contribui para que este património continue vivo e em condições de ser transmitido às gerações vindouras, nas melhores condições. O Convento de Nossa Senhora dos Remédios, foi casa religiosa fundada por iniciativa do bispo de Évora D. Teotónio de Bragança datando a sagração da igreja conventual do ano de 1614. Integrando a reformada Ordem dos Carmelitas possuía regra austera que obrigava a pobreza e despojamento rigorosos. O carisma contemplativo e apostólico das comunidades dos Carmelitas Descalços inspiravam-se na acção de Jesus “ora orando isolado no deserto, ora em piedosa intervenção quando no meio da multidão”. Situando-se o convento no exterior da muralha medieva, em área anexa às Portas de Alconchel, à época principal ligação da cidade com o exterior, era local privilegiado de circulação de pessoas e bens. Possui a igreja orientação sudeste/noroeste desenvolvendo-se o claustro para sudoeste, rodeando-se este com os compartimentos necessários à vida da comunidade religiosa: a sudeste, a ala onde se situava a sala do Capítulo, refeitório e escada “regular” de acesso ao dormitório do piso superior, subdividido em celas; a sudoeste dependências de serviço, nomeadamente o refeitório e cozinha; a noroeste, localiza-se a igreja assim como o pequeno compartimento para os livros de orações e a noroeste, na ala dos “mossos”, localiza-se ainda hoje a primitiva portaria. Possivelmente existiriam aí outros compartimentos como sala de aula, hospedaria, enfermaria, refeitório para os “noviços”, dependências para armazenamento de víveres e um acesso entre os dois pisos a ligar ao dormitório. No tardoz do altar-mor da igreja, no prolongamento da ala claustral, existe ainda hoje a sacristia assim como capela mortuária de um dos benfeitores da casa. A cerca conventual envolvia o conjunto edificado pelos lados sudoeste e sueste situando-se as ligações com o espaço público a noroeste. Passados cerca de 200 anos sobre a sua saída dos frades carmelitas, a igreja é utilizada atualmente para a realização de recitais e aulas de música clássica e canto, a capela funerária é ocupada por gabinete, a sacristia é local de aulas de música, a sala do capítulo foi transformada em espaço para crianças mantendo o “refeitório dos frades” a anterior função. As alas sudoeste e dos “mossos” estão totalmente reestruturadas sendo hoje ampla galeria de exposições. O andar superior ocupado pelas celas foi totalmente remodelado aí existindo amplos espaços destinados a exposições e actividades complementares. A cerca, cedida pela Fazenda Pública à Câmara Municipal de Évora em 1839, foi no ano seguinte reutilizada como cemitério. Os serviços necessários à sua manutenção encontram-se igualmente instalados no atual conjunto edificado.2013-10-11T11:18:21Z2013-10-112013-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://hdl.handle.net/10174/8844http://hdl.handle.net/10174/8844porsimnaonaofmonteiro@cm-evora.pt739Monteiro, Maria Filomena Mouratoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T18:49:52Zoai:dspace.uevora.pt:10174/8844Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:02:52.926055Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
“Convento de Nossa Senhora dos Remédios – Reutilização Museológica de um Património Conventual”. |
title |
“Convento de Nossa Senhora dos Remédios – Reutilização Museológica de um Património Conventual”. |
spellingShingle |
“Convento de Nossa Senhora dos Remédios – Reutilização Museológica de um Património Conventual”. Monteiro, Maria Filomena Mourato Conservação, património musealização, reutilização |
title_short |
“Convento de Nossa Senhora dos Remédios – Reutilização Museológica de um Património Conventual”. |
title_full |
“Convento de Nossa Senhora dos Remédios – Reutilização Museológica de um Património Conventual”. |
title_fullStr |
“Convento de Nossa Senhora dos Remédios – Reutilização Museológica de um Património Conventual”. |
title_full_unstemmed |
“Convento de Nossa Senhora dos Remédios – Reutilização Museológica de um Património Conventual”. |
title_sort |
“Convento de Nossa Senhora dos Remédios – Reutilização Museológica de um Património Conventual”. |
author |
Monteiro, Maria Filomena Mourato |
author_facet |
Monteiro, Maria Filomena Mourato |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Monteiro, Maria Filomena Mourato |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Conservação, património musealização, reutilização |
topic |
Conservação, património musealização, reutilização |
description |
Resumo: Pretende-se fazer a abordagem de um conjunto conventual que passou por vicissitudes várias desde a sua desocupação pelos frades carmelitas, exigida pela extinção das ordens religiosas e a sua reutilização atual que contribui para que este património continue vivo e em condições de ser transmitido às gerações vindouras, nas melhores condições. O Convento de Nossa Senhora dos Remédios, foi casa religiosa fundada por iniciativa do bispo de Évora D. Teotónio de Bragança datando a sagração da igreja conventual do ano de 1614. Integrando a reformada Ordem dos Carmelitas possuía regra austera que obrigava a pobreza e despojamento rigorosos. O carisma contemplativo e apostólico das comunidades dos Carmelitas Descalços inspiravam-se na acção de Jesus “ora orando isolado no deserto, ora em piedosa intervenção quando no meio da multidão”. Situando-se o convento no exterior da muralha medieva, em área anexa às Portas de Alconchel, à época principal ligação da cidade com o exterior, era local privilegiado de circulação de pessoas e bens. Possui a igreja orientação sudeste/noroeste desenvolvendo-se o claustro para sudoeste, rodeando-se este com os compartimentos necessários à vida da comunidade religiosa: a sudeste, a ala onde se situava a sala do Capítulo, refeitório e escada “regular” de acesso ao dormitório do piso superior, subdividido em celas; a sudoeste dependências de serviço, nomeadamente o refeitório e cozinha; a noroeste, localiza-se a igreja assim como o pequeno compartimento para os livros de orações e a noroeste, na ala dos “mossos”, localiza-se ainda hoje a primitiva portaria. Possivelmente existiriam aí outros compartimentos como sala de aula, hospedaria, enfermaria, refeitório para os “noviços”, dependências para armazenamento de víveres e um acesso entre os dois pisos a ligar ao dormitório. No tardoz do altar-mor da igreja, no prolongamento da ala claustral, existe ainda hoje a sacristia assim como capela mortuária de um dos benfeitores da casa. A cerca conventual envolvia o conjunto edificado pelos lados sudoeste e sueste situando-se as ligações com o espaço público a noroeste. Passados cerca de 200 anos sobre a sua saída dos frades carmelitas, a igreja é utilizada atualmente para a realização de recitais e aulas de música clássica e canto, a capela funerária é ocupada por gabinete, a sacristia é local de aulas de música, a sala do capítulo foi transformada em espaço para crianças mantendo o “refeitório dos frades” a anterior função. As alas sudoeste e dos “mossos” estão totalmente reestruturadas sendo hoje ampla galeria de exposições. O andar superior ocupado pelas celas foi totalmente remodelado aí existindo amplos espaços destinados a exposições e actividades complementares. A cerca, cedida pela Fazenda Pública à Câmara Municipal de Évora em 1839, foi no ano seguinte reutilizada como cemitério. Os serviços necessários à sua manutenção encontram-se igualmente instalados no atual conjunto edificado. |
publishDate |
2013 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2013-10-11T11:18:21Z 2013-10-11 2013-06-01T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/conferenceObject |
format |
conferenceObject |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10174/8844 http://hdl.handle.net/10174/8844 |
url |
http://hdl.handle.net/10174/8844 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
sim nao nao fmonteiro@cm-evora.pt 739 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799136512753795072 |