Bem-estar dos trabalhadores e a influência da resiliência num contexto de crise mundial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Marta Maria Camoesas
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/24231
Resumo: Perante os desafios impostos nos locais de trabalho pela pandemia COVID-19, torna-se relevante explorar mecanismos que promovam o bem-estar dos trabalhadores em situações de crise. A resiliência no trabalho, enquanto capacidade de recuperar perante as adversidades (Luthans, Vogelgesang, et al., 2006), pode constituir um recurso pessoal importante neste contexto. A partir da Teoria COR (Hobfoll, 1989) e do Modelo JD-R (Bakker et al., 2014), os objetivos deste estudo são examinar o efeito das atuais condições de trabalho (autonomia, apoio social e exigências hindrance) no bem-estar (engagement e exaustão), e esclarecer o papel da resiliência nos processos motivacional e energético. Adicionalmente, pretende-se comparar estes efeitos em dois países: Portugal e Luxemburgo. Para reduzir os common method biases (Podsakoff et al., 2003), foram aplicados dois questionários, separando temporalmente a medição das variáveis independentes (T1) e das variáveis de critério (T2) (N=220; 138 em Portugal e 82 no Luxemburgo). Os resultados indicam que a autonomia e o apoio social estão positivamente associados ao engagement e que as exigências hindrance estão positivamente associadas à exaustão. A resiliência no trabalho desempenha um papel de mediador parcial entre a autonomia e o engagement e também entre as exigências e a exaustão, mas não entre o apoio social e o engagement. Na amostra de Portugal estas mediações são completas, ao passo que na amostra do Luxemburgo o efeito mediador não se verificou em nenhum dos processos. São discutidas as contribuições e implicações destes resultados, bem como as limitações do estudo e propostas de pesquisa futura.
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