Contribuição para o estudo da remoção de 17β-Estradiol e 17α-Etinilestradiol em água residual tratada em discos biológicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Vânia Sofia Neves
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/21778
Resumo: Os compostos desreguladores endócrinos (EDC) são capazes de alterar funções do sistema endócrino e prejudicar a saúde de organismos. Podem ser encontrados nos meios aquáticos, nomeadamente, nas águas superficiais e subterrâneas, efluentes das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), água potável, sedimentos marinhos e solo. São introduzidos no ambiente continuamente em concentrações detetáveis e significativas que podem afetar a qualidade da água e os ecossistemas. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de melhorar os processos de remoção do estrogénio natural 17β-Estradiol (E2) e do seu estrogénio sintético, o 17α-Etinilestradiol (EE2), que estão associados à contaminação de águas superficiais, subterrâneas e residuais. Foram efetuados ensaios com recurso a um reator de discos biológicos à escala laboratorial, simulando uma etapa de tratamento terciário que poderá ser implementada numa ETAR. Os ensaios foram realizados com uma água residual real, proveniente de uma ETAR, tendo consistido no estudo do crescimento do biofilme com este tipo de substrato e na remoção de E2 e EE2. Para controlo dos ensaios foram analisados vários parâmetros, nomeadamente a carência química de oxigénio (CQO), pH e sólidos suspensos totais e voláteis (SST e SSV). O método de extração utilizado foi de extração sortiva em barra de agitação (SBSE) e o método de determinação foi através de cromatografia líquida de alta resolução com detetor de fotodíodos (HPLC-DAD). As eficiências de remoção médias do E2 variaram entre 76% no primeiro ensaio e 59% no segundo ensaio. Relativamente ao EE2, que só foi testado no segundo ensaio, não se registou uma remoção do composto. A eficiência de remoção do E2 (média dos dois ensaios) foi de 68%, o que se considera bastante razoável face às concentrações elevadas com que se trabalhou e face às eficiências de remoção registadas noutros trabalhos, recorrendo a sistemas de tratamento equivalentes ao utilizado. Desta forma, a adoção de um tratamento biológico através de discos biológicos parece ser uma solução a ter em consideração para a remoção de EDC em águas residuais.
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