As vacas são eficientes do ponto de vista ambiental?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i3.32559 |
Resumo: | A produção animal tem sido apontada como uma das fontes de emissões de gases de efeito estufa (GEE), os quais são os principais impulsionadores das alterações climáticas. Mas, algumas das informações que são difundidas ao público são infundadas, provocando más interpretações. Claro que o Acordo de Paris tem de ser levado a sério para se atingirem os objetivos de estabilização do aquecimento global, havendo muitas oportunidades e soluções para estabilizar e até inverter o aquecimento global. O presente estudo foi integrado no projeto Demola e teve como objetivo estudar o modelo produtivo da bovinicultura, avaliar a literacia dos cidadãos em geral, avaliar o potencial impacte ambiental desta fileira. O inquérito aplicado a 1142 cidadãos revelou que 90% das pessoas inquiridas consome carne de vaca, leite e seus derivados. Em relação aos que não consomem estes produtos, 58% adota uma dieta vegetariana e 40% revelou ter intolerância a lactose. No que respeita à sustentabilidade, os consumidores desconhecem se as explorações cumprem normas de sustentabilidade ou se este setor económico contribui negativamente para o impacte ambiental. A pesquisa bibliográfica e o contacto com vários produtores e investigadores revelaram que os diferentes sistemas de produção animal podem ser ambientalmente sustentáveis, dependendo essencialmente do modo de gestão. São várias as medidas que podem ser implementadas para mitigar os impactes ambientais: suplementos alimentares que reduzem as emissões de metano, melhoramento genético que seleciona animais mais eficientes, inovações tecnológicas que aumentam o rendimento e eficiência da exploração e consequentemente a sustentabilidade. Com este estudo verificou-se que, mesmo com os esforços do sector pecuário para reduzir os impactes ambientais, existe ainda muita desinformação por parte dos vários níveis hierárquicos de produção e de todo o sector pecuário. |
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As vacas são eficientes do ponto de vista ambiental?As vacas são eficientes do ponto de vista ambiental?ResumoA produção animal tem sido apontada como uma das fontes de emissões de gases de efeito estufa (GEE), os quais são os principais impulsionadores das alterações climáticas. Mas, algumas das informações que são difundidas ao público são infundadas, provocando más interpretações. Claro que o Acordo de Paris tem de ser levado a sério para se atingirem os objetivos de estabilização do aquecimento global, havendo muitas oportunidades e soluções para estabilizar e até inverter o aquecimento global. O presente estudo foi integrado no projeto Demola e teve como objetivo estudar o modelo produtivo da bovinicultura, avaliar a literacia dos cidadãos em geral, avaliar o potencial impacte ambiental desta fileira. O inquérito aplicado a 1142 cidadãos revelou que 90% das pessoas inquiridas consome carne de vaca, leite e seus derivados. Em relação aos que não consomem estes produtos, 58% adota uma dieta vegetariana e 40% revelou ter intolerância a lactose. No que respeita à sustentabilidade, os consumidores desconhecem se as explorações cumprem normas de sustentabilidade ou se este setor económico contribui negativamente para o impacte ambiental. A pesquisa bibliográfica e o contacto com vários produtores e investigadores revelaram que os diferentes sistemas de produção animal podem ser ambientalmente sustentáveis, dependendo essencialmente do modo de gestão. São várias as medidas que podem ser implementadas para mitigar os impactes ambientais: suplementos alimentares que reduzem as emissões de metano, melhoramento genético que seleciona animais mais eficientes, inovações tecnológicas que aumentam o rendimento e eficiência da exploração e consequentemente a sustentabilidade. Com este estudo verificou-se que, mesmo com os esforços do sector pecuário para reduzir os impactes ambientais, existe ainda muita desinformação por parte dos vários níveis hierárquicos de produção e de todo o sector pecuário.Livestock production has been identified as one of the sources of greenhouse gas (GHG) emissions, which are the main drivers of climate change. But some of the information that is disseminated to the public is unfounded, leading to misinterpretations. Of course, the Paris Agreement must be taken seriously to achieve the goals of stabilizing global warming, and there are many opportunities and solutions to stabilize and even reverse global warming. This study was part of the Demola project and aimed to study the production model of cattle farming, assess the literacy of citizens in general, and assess the potential environmental impact of this sector. The survey applied to 1142 citizens revealed that 90% of the people surveyed consume beef, milk and its derivatives. Of those who do not consume these products, 58% adopt a vegetarian diet and 40% were lactose intolerant. Regarding sustainability, consumers are unaware of whether farms comply with sustainability standards or whether this economic sector contributes negatively to environmental impact. The literature research and the contact with several producers and researchers revealed that different livestock production systems can be environmentally sustainable, depending essentially on the management mode. There are several steps that can be implemented to mitigate environmental impacts: feed supplements that reduce methane emissions, genetic improvement that selects more efficient animals, technological innovations that increase the yield and efficiency of the farm and consequently sustainability. With this study it was found that, even with the efforts of the livestock sector to reduce environmental impacts, there is still a lot of misinformation on the part of the various hierarchical levels of production and the entire livestock sector.Research Unit of Polytechnic Institute of Santarém2023-12-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i3.32559por2182-9608Emidio, BárbaraGonçalves, BárbaraFidalgo, BrunaFerreira, MarianaMendes, LauraPereira, VitóriaLalanda, HelenaOliveira, Margaridainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-04T19:16:03Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/32559Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:30:05.983856Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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