Síndrome metabólico equino em cavalos lusitanos
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/8672 |
Resumo: | O Síndrome Metabólico Equino (SME) é uma condição que reflete um conjunto de alterações fisiológicas que ocorre geralmente em animais obesos e sobrealimentados. Representa um importante papel na clínica de equinos devido à sua frequente associação com o desenvolvimento de laminites. O SME pode ser identificado clinicamente através da presença de um conjunto de características sendo as mais importantes a presença de obesidade generalizada e/ou acumulações regionais de gordura, sendo a localização mais comum o pescoço designando-se vulgarmente por “Cresty Neck”, e também pela predisposição para o desenvolvimento de laminites. Estas alterações físicas estão associadas a alguns distúrbios metabólicos como a resistência à acção da insulina, que pode ser definida como uma insensibilidade dos tecidos alvo à sua acção, e consequente hiperinsulinemia. Actualmente acredita-se que existe uma maior predisposição para o desenvolvimento de SME em cavalos Morgan, Paso Fino, Árabe, Saddlebred, Quarter Horse, Tennessee Walking Horse e em póneis. Dada a falta de informação sobre este síndrome em cavalos da raça Lusitana este trabalho tem como objetivo a recolha de dados relativos à sua condição corporal, ao seu peso, ao Cresty Ceck e à concentração de insulina em animais desta raça de forma a avaliar a sua eventual predisposição para o desenvolvimento de SME. Durante este trabalho foi selecionado um grupo de 20 animais, no qual se pretendeu avaliar a resistência à insulina através do “oral sugar test” (OST), um teste dinâmico no qual se avalia a concentração de insulina. Como grupo controlo foram usados 5 animais sem suspeita de SME. Dos 20 animais usados no estudo, 15 eram machos e 5 eram fêmeas, com idades compreendidas entre os 3 e 9 anos (média 4,8 anos) e com pesos que variavam entre os 447 Kg e 562 Kg (média 513,2 Kg). Não foram encontradas alterações significativas nas concentrações de insulina 90 minutos pós a administração do xarope rico em açúcar, tanto no grupo controlo como no grupo de suspeitos, encontrando-se os valores dentro do esperado para animais saudáveis. De acordo com os resultados obtidos, não foi possível determinar a ocorrência de resistência a insulina neste grupo de animais da raça Lusitana, apesar do número relativamente elevado de animais encontrados com características fenotípicas de SME. No entanto, uma vez que a amostra utilizada foi bastante reduzida serão necessários mais estudos no sentido de conhecer melhor a predisposição do cavalo Lusitano para este distúrbio metabólico. |
id |
RCAP_934a1a2900fb2fa7f9b018f69a83408c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.utad.pt:10348/8672 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Síndrome metabólico equino em cavalos lusitanosEquinosSíndrome Metabólico EquinoLaminiteObesidadeResistência à InsulinaO Síndrome Metabólico Equino (SME) é uma condição que reflete um conjunto de alterações fisiológicas que ocorre geralmente em animais obesos e sobrealimentados. Representa um importante papel na clínica de equinos devido à sua frequente associação com o desenvolvimento de laminites. O SME pode ser identificado clinicamente através da presença de um conjunto de características sendo as mais importantes a presença de obesidade generalizada e/ou acumulações regionais de gordura, sendo a localização mais comum o pescoço designando-se vulgarmente por “Cresty Neck”, e também pela predisposição para o desenvolvimento de laminites. Estas alterações físicas estão associadas a alguns distúrbios metabólicos como a resistência à acção da insulina, que pode ser definida como uma insensibilidade dos tecidos alvo à sua acção, e consequente hiperinsulinemia. Actualmente acredita-se que existe uma maior predisposição para o desenvolvimento de SME em cavalos Morgan, Paso Fino, Árabe, Saddlebred, Quarter Horse, Tennessee Walking Horse e em póneis. Dada a falta de informação sobre este síndrome em cavalos da raça Lusitana este trabalho tem como objetivo a recolha de dados relativos à sua condição corporal, ao seu peso, ao Cresty Ceck e à concentração de insulina em animais desta raça de forma a avaliar a sua eventual predisposição para o desenvolvimento de SME. Durante este trabalho foi selecionado um grupo de 20 animais, no qual se pretendeu avaliar a resistência à insulina através do “oral sugar test” (OST), um teste dinâmico no qual se avalia a concentração de insulina. Como grupo controlo foram usados 5 animais sem suspeita de SME. Dos 20 animais usados no estudo, 15 eram machos e 5 eram fêmeas, com idades compreendidas entre os 3 e 9 anos (média 4,8 anos) e com pesos que variavam entre os 447 Kg e 562 Kg (média 513,2 Kg). Não foram encontradas alterações significativas nas concentrações de insulina 90 minutos pós a administração do xarope rico em açúcar, tanto no grupo controlo como no grupo de suspeitos, encontrando-se os valores dentro do esperado para animais saudáveis. De acordo com os resultados obtidos, não foi possível determinar a ocorrência de resistência a insulina neste grupo de animais da raça Lusitana, apesar do número relativamente elevado de animais encontrados com características fenotípicas de SME. No entanto, uma vez que a amostra utilizada foi bastante reduzida serão necessários mais estudos no sentido de conhecer melhor a predisposição do cavalo Lusitano para este distúrbio metabólico.Equine Metabolic Syndrome (EMS) is a condition that reflects a set of physiological changes that usually occurs in obese and overfeeded animals. It plays an important role in the equine clinical practice due to its frequent association with the development of laminitis. EMS can be clinically identified through the presence of a set of characteristics, the most important of which are the presence of generalized obesity and/or regional accumulations of fat, the most common location being the neck commonly known as Cresty Neck, and also predisposition to the development of laminitis. These physical changes are associated with some metabolic disorders such as the peripheral insulin resistance, wich can be definedas an insensitivity of the target tissues to their action, and consequent hyperinsulinemia. It is currently believed that there is a greater predisposition for the development of EMS in Morgan horses, Paso Finos, Arabians, Saddlebreds, Quarter Horses, Tennessee Walking Horses and ponies. Given the lack of information about this syndrome in Lusitano horses, this work aims to collect data on body condition, weight, Cresty Neck and insulin concentration in animals of this breed in order to evaluate its possible predisposition to the development of EMS. During this study, were selected a group of 20 animals in which it was intended to evaluate insulin resistance through oral sugar test (OST), a dynamic test in which the insulin concentration is evaluated. As a control group 5 animals were used without suspected EMS. Of the 20 animals used in the study, 15 were males and 5 were females, aged between 3 and 9 years (mean 4,8 years) and weight between 447 kg and 562 kg (mean 513,2 kg). No significant changes in insulin concentrations were found 90 minutes after the administration of sugar-rich syrup, both in the control group and in the suspect group, and the values were within the expected range for healthy animals. According to the results obtained, it was not possible to determine the occurrence of insulin resistance in this group of the Lusitano breed animals, despite the relatively high number of animals found with phenotypic characteristics of SME. However, since the sample used was greatly reduced, further studies are needed to better understand the predisposition of the Lusitano horse to this metabolic disorder.2018-08-31T10:42:49Z2018-06-05T00:00:00Z2018-06-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/8672TID:202324532porTavares, Daniela Filipa Matosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:52:30Zoai:repositorio.utad.pt:10348/8672Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:05:27.481435Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Síndrome metabólico equino em cavalos lusitanos |
title |
Síndrome metabólico equino em cavalos lusitanos |
spellingShingle |
Síndrome metabólico equino em cavalos lusitanos Tavares, Daniela Filipa Matos Equinos Síndrome Metabólico Equino Laminite Obesidade Resistência à Insulina |
title_short |
Síndrome metabólico equino em cavalos lusitanos |
title_full |
Síndrome metabólico equino em cavalos lusitanos |
title_fullStr |
Síndrome metabólico equino em cavalos lusitanos |
title_full_unstemmed |
Síndrome metabólico equino em cavalos lusitanos |
title_sort |
Síndrome metabólico equino em cavalos lusitanos |
author |
Tavares, Daniela Filipa Matos |
author_facet |
Tavares, Daniela Filipa Matos |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Tavares, Daniela Filipa Matos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Equinos Síndrome Metabólico Equino Laminite Obesidade Resistência à Insulina |
topic |
Equinos Síndrome Metabólico Equino Laminite Obesidade Resistência à Insulina |
description |
O Síndrome Metabólico Equino (SME) é uma condição que reflete um conjunto de alterações fisiológicas que ocorre geralmente em animais obesos e sobrealimentados. Representa um importante papel na clínica de equinos devido à sua frequente associação com o desenvolvimento de laminites. O SME pode ser identificado clinicamente através da presença de um conjunto de características sendo as mais importantes a presença de obesidade generalizada e/ou acumulações regionais de gordura, sendo a localização mais comum o pescoço designando-se vulgarmente por “Cresty Neck”, e também pela predisposição para o desenvolvimento de laminites. Estas alterações físicas estão associadas a alguns distúrbios metabólicos como a resistência à acção da insulina, que pode ser definida como uma insensibilidade dos tecidos alvo à sua acção, e consequente hiperinsulinemia. Actualmente acredita-se que existe uma maior predisposição para o desenvolvimento de SME em cavalos Morgan, Paso Fino, Árabe, Saddlebred, Quarter Horse, Tennessee Walking Horse e em póneis. Dada a falta de informação sobre este síndrome em cavalos da raça Lusitana este trabalho tem como objetivo a recolha de dados relativos à sua condição corporal, ao seu peso, ao Cresty Ceck e à concentração de insulina em animais desta raça de forma a avaliar a sua eventual predisposição para o desenvolvimento de SME. Durante este trabalho foi selecionado um grupo de 20 animais, no qual se pretendeu avaliar a resistência à insulina através do “oral sugar test” (OST), um teste dinâmico no qual se avalia a concentração de insulina. Como grupo controlo foram usados 5 animais sem suspeita de SME. Dos 20 animais usados no estudo, 15 eram machos e 5 eram fêmeas, com idades compreendidas entre os 3 e 9 anos (média 4,8 anos) e com pesos que variavam entre os 447 Kg e 562 Kg (média 513,2 Kg). Não foram encontradas alterações significativas nas concentrações de insulina 90 minutos pós a administração do xarope rico em açúcar, tanto no grupo controlo como no grupo de suspeitos, encontrando-se os valores dentro do esperado para animais saudáveis. De acordo com os resultados obtidos, não foi possível determinar a ocorrência de resistência a insulina neste grupo de animais da raça Lusitana, apesar do número relativamente elevado de animais encontrados com características fenotípicas de SME. No entanto, uma vez que a amostra utilizada foi bastante reduzida serão necessários mais estudos no sentido de conhecer melhor a predisposição do cavalo Lusitano para este distúrbio metabólico. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-08-31T10:42:49Z 2018-06-05T00:00:00Z 2018-06-05 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10348/8672 TID:202324532 |
url |
http://hdl.handle.net/10348/8672 |
identifier_str_mv |
TID:202324532 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799137141728477184 |