Manobra de Epley na vertigem posicional paroxística benigna: resolver a uma velocidade vertiginosa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos,José Agostinho
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732012000400007
Resumo: Objectivo: O objectivo deste trabalho consiste em rever a evidência sobre a efectividade e a segurança da manobra de Epley (ME) no tratamento da vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) posterior. Fontes de dados: Medline, sítios de medicina baseada na evidência, Índex de Revistas Médicas Portuguesas e referências bibliográficas dos artigos seleccionados. Métodos de revisão: Pesquisa de normas de orientação clínica (NOC), revisões sistemáticas, meta-análises, ensaios clínicos aleatorizados e controlados (ECAC), publicados entre Janeiro/2000 e Junho/2011, utilizando os termos MeSH: benign paroxysmal positional vertigo e therapy. Foi utilizada a Strength Of Recommendation Taxonomy (SORT) para atribuição dos níveis de evidência e forças de recomendação. Resultados: A American Academy of Neurology documenta que a ME é efectiva e segura, pelo que deve ser opção para qualquer doente com VPPB posterior. A American Academy of Otolaryngology recomenda que a ME seja usada como primeira linha na VPPB. A meta-análise da Cochrane (nivel de evidência 1) objectivou uma efectividade da ME superior comparativamente às manobras-placebo e ausência de tratamento, quer a nível de sintomas (OR = 4,42) quer a nível de negatividade do teste de Dix-Hallpike (DH) (OR= 6,40). A meta-análise de Prim-Espada verificou que os pacientes submetidos à ME foram mais bem sucedidos na resolução dos sintomas (OR = 6,52) (nível de evidência 2). A revisão de Helminski revelou uma taxa de negatividade do teste de DH superior entre os grupos intervencionados (67 - 93%) comparativamente aos grupos controlo (10 - 38%) (nível de evidência 3). Não foram registados efeitos laterais sérios (nível de evidência 1). Conclusões: A evidência revela a ME é efectiva e segura no tratamento da VPPB a curto prazo (SOR A). A ME tem um grande valor para o Médico de Família que assim poderá resolver esta vertigem, sem efeitos laterais importantes, sem grandes custos adicionais e a uma velocidade quase vertiginosa.
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