A presença da família nos hospitais em tempos de pandemia e o paradoxo da segurança do doente
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2184-30232021000200047 |
Resumo: | RESUMO Introdução: Devido à pandemia por COVID-19, para garantir a segurança dos cuidados de saúde e conter a sua transmissão, foram adotadas medidas restritivas que afastaram as famílias dos doentes hospitalizados. Tais medidas trouxeram implicações. Objetivo: analisar, a partir dos discursos dos enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação (EEER), as vantagens, desvantagens e contextos da presença da família nos hospitais, à luz da segurança do doente, em contexto pandémico. Metodologia: Estudo qualitativo interpretativo fundamentado no modelo de risco de James Reason, realizado através de entrevista semiestruturada a 6 EEER escolhidos por conveniência. Realizada análise de conteúdo com recurso ao software Atlas.ti. e à metodologia de Bardin. Resultados: Foram identificadas 17 categorias agrupadas de acordo com a representação da família na segurança do doente: 10 categorias na visão da família potencializadora de falhas de segurança e 7 no âmbito da família como barreira de segurança. Discussão: Os EEER consideram a presença da família como muito importante para doentes hospitalizados e para a segurança dos cuidados., No entanto, os seus discursos evidenciam que a sua atuação foi fortemente influenciada pela visão da família como potencial disseminador de infeção, demonstrando uma avaliação mais negativa do que positiva desta presença para a manutenção dessa segurança, nem sempre suportada pela evidencia disponível. Conclusão: As medidas restritivas poderão estar a contribuir para um retrocesso na prestação de cuidados centrados na família do doente hospitalizado. Contudo, há falta de dados a nível nacional que permitam perceber se as famílias em Portugal representam um risco para a segurança nos hospitalizados. |
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