Percepções das causas da pobreza na europa: uma aplicação de modelos multinível com classes latentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Leonor Pereira da
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/4409
Resumo: A percepção das causas da pobreza tem-se revelado muito importante no estudo mais amplo deste fenómeno social, dadas as implicações directas na interacção social com os pobres e, indirectamente, na legitimação ou não de medidas de apoio social e de combate à pobreza. Foram considerados três tipos de atribuições da pobreza: individualista, estruturalista e fatalista. Os dados foram recolhidos pelo Eurobarómetro 2007, recolhendo-se informação dos 27 estados membros da União Europeia e da Croácia, país candidato. Dada a importância da cultura na formação das atitudes, estimaram-se modelos multinível com classes latentes, possibilitando estudar em simultâneo dois níveis de análise: o nível dos indivíduos, onde se conhece o seu perfil dentro de cada país relativamente às suas percepções da pobreza; e o nível dos países onde se percebem quais as semelhanças e diferenças entre os países europeus neste âmbito. A estrutura encontrada possui seis segmentos de países e sete segmentos de indivíduos. Apesar das causas sociais serem globalmente as mais apontadas pelos indivíduos, existem grupos que destacam igualmente algumas explicações mais individualistas, culpabilizando os pobres pela sua condição. A variável que parece ter mais impacto na distinção entre os grupos de indivíduos é o nível socioeconómico mencionado: os indivíduos com mais dificuldades económicas atribuem à pobreza causas mais sociais do que os com melhor condição económico-social. Ao nível dos países, o segmento dos mais desenvolvidos atribui à pobreza causas individualistas e fatalistas e os menos desenvolvidos explicam a pobreza com base nas injustiças da sociedade. Existem grupos de países que demonstram pluralidade na forma como pensam sobre a pobreza.
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