Benefícios da integração de vapor solar numa refinaria de açúcar

• Autor(a) principal: Costa, Eduardo Emanuel Leal da
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/19350
• topic: Coletores solares; Energias Renováveis; Princípio Fresnel; SHIP2FAIR; Sustentabilidade; Fresnel principle; Renewable energies; Solar collectors; Sustainability

A temática das alterações climáticas constitui um peso considerável nas agendas políticas e mediáticas, inclusive em Portugal e na União Europeia. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram estabelecidos em 2015, no âmbito da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, onde países de todo o globo se comprometem, entre outras, a encontrar soluções de desenvolvimento próspero e sustentável. A indústria tem um papel preponderante neste desenvolvimento, uma vez que apresenta uma quota elevada de emissão de gases com efeito de estufa para a atmosfera e, como tal, é necessário investir na descarbonização deste setor. O presente trabalho expõe precisamente uma análise técnico-económica, da implementação de um parque solar ao abrigo do programa SHIP2FAIR (Solar Heat for Industrial Process towards Food and Agro Industries Commitment in Renewables), onde se procura evoluir para uma indústria mais limpa e sustentável. O parque solar a ser instalado, composto por coletores LF-11, da autoria da Industrial Solar, recorre ao princípio de Fresnel para produção de vapor solar. Assim, existirá uma substituição direta de fonte de energia, mantendo os requisitos de vapor necessários à laboração da refinaria. Os resultados obtidos são francamente encorajadores, dada a diminuição direta da emissão de 143 ton/ano de gases com efeito de estufa, redução do consumo de 46 ton/ano de combustível fóssil e poupança em licenças de emissão. Adicionalmente, permite concluir que a integração de vapor solar nas indústrias agroalimentares não só é possível como viável, competindo com o recurso ao combustível fóssil, e indo de encontro aos objetivos ditados pela EU, que visa a neutralidade carbónica a atingir nos próximos 30 anos.