Teologia Política e o Império: A Fundamentação do Poder

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Raquel Ferreira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/104130
Resumo: Dissertação de Mestrado em Filosofia apresentada à Faculdade de Letras
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spelling Teologia Política e o Império: A Fundamentação do PoderPolitical Theology and the Empire: The Foundation of PowerTeologia PoliticaSoberaniacristianismoImpério RomanoCritica à Teologia PolíticaPolitical TheologySovereigntyChristianityRoman EmpireCritic of Political TheologyDissertação de Mestrado em Filosofia apresentada à Faculdade de LetrasA presente dissertação tem como objetivo conhecer o conceito de Teologia Política quer como conceito abstrato quer como conceito aplicado ao mundo. No primeiro capítulo aborda-se o conceito abstrato de Teologia Política, as suas ramificações nos conceitos de soberano, soberania e exceção. Começando com a definição de Teologia Política, o que é um soberano, a sua relação com as leis, a existência de vários tipos de lei, as diferenças que aparecem com cada novo autor. No segundo capítulo aborda-se como se materializam estas diferenças durante a História europeia. Indo da Antiguidade Clássica, com o Império Romano com Santo Agostinho e Eusébio de Cesareia, passando pela Idade Média onde é observada a luta entre a superioridade do pontífice e do monarca e onde é também vista a tentativa de equilibrar ambas as potestades. Na Modernidade encontramos Descartes, Thomas Hobbes e Espinosa, além uma tentativa de recuperar a ordem que a influência divina tinha no mundo. Esta tentativa acontece não só, mas também devido à Reforma Protestante, o resultado do descontentamento com a Igreja Romana, especialmente preocupante para a mesma com as múltiplas Igrejas protestantes criadas a partir de Lutero, Henrique VIII e Calvino. A Igreja reage violentamente às Igrejas Protestantes, criando um ao movimento de proteção com a Santa Inquisição, mas ainda assim entra-se numa nova fase onde as leis são as soberanas e o executivo governa de homens para homens, entrando para uma sociedade deísta e mais tarde laica. No terceiro e último capítulo, no início da Contemporaneidade autores retomam a discussão da Teologia Política numa Contemporaneidade laica, no caso Erik Peterson e José Luis Villacanãs e estes vão apontar a incompatibilidade de uma teologia política cristã. Erik Peterson, com a sua obra O Monoteísmo como Problema Político vai apontar que o cristianismo não poderia formar uma teologia política imperial, devido à natureza incompatível de Deus com o homem para uma reflecção perfeita do cosmos no mundo. Já José Luis Villacañas, na sua obra Teologia Política Imperial e Comunidade de Salvação Cristã, aponta para uma deficiência devido ao seu movimento interno para o futuro.This dissertation’s objective is to know the concept of Political Theology as an abstract concept and as an applied concept. On the first chapter we explore the concept of political theology as an abstract concept, its ramifications and influence of the concepts of sovereign, sovereignty, and exception. Starting with the definition of political theology, what makes a sovereign, his institutional relationship with law and the several types of law that exist, and how this changes according with the author that’s approaching this theme.In the second chapter we approach how this changed in European History. From the Roman Empire with Saint Augustine and Eusebio de Cesareia, passing through the Middle Ages where we see the fight between monarch and Pope and their apologists to justify why they are the supreme power holder on earth. It is also seen a movement to put these two powers at an equilibrium, making each other independent and unable to cross-over to the others sphere of influence. Reaching the Modern ages we find Descartes, Thomas Hobbes and Espinosa and a counter movement to return to the previous order brought by the extreme influence of the divine on the daily life. This is thought to be needed because of the Protestant Churches created by the friction of the Roman Church with Martin Luther, the English king Henry VII and Calvin. The Roman Church reacts violently, creating the Inquisition and fights to remain as relevant as it was before, but it ultimately fails, and what remains is a state where God is unavailable and later it’s not even considered part of the state machine. By the third chapter we enter the Contemporary age where God has no place on the state machinery. But it becomes interesting critically thinking Political Theology through the eyes of people on an extremely secular age. With that in mind, Erik Peterson, and José Luis Villacañas, will think how it’s not possible to conciliate a christian political theology with the Roman Empire. Peterson thinks it’s completely impossible through the incompatible nature of man and God. On the other hand, Villacañas thinks the incompatability lies in the christianties’ own internal movement towards the future.2022-10-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/104130http://hdl.handle.net/10316/104130TID:203125657porFernandes, Raquel Ferreirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-12-16T23:03:49Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/104130Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:20:52.166111Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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