Guiné-Bissau: o novo governo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/4934 |
Resumo: | O novo governo da Guiné Bissau (GB), saído das eleições de 10 de março de 2019, foi anunciado apenas na noite de 3 de julho desse ano. As redes sociais explodiram, contabilizando e escrutinando os perfis dos novos governantes: 11 mulheres, das quais 8 ministras e 3 secretárias de estado; 4 jovens com menos de 40 anos; 4 sociólogos, incluindo o primeiro ministro. Num governo com 16 ministérios e 15 Secretarias de estado, estes números são significativos dos múltiplos esforços e pressões realizados tanto pelos partidos tradicionais como pela comunidade internacional para se chegar finalmente a um acordo tanto com o presidente da república, José Mário Vaz, como com a Assembleia Nacional Popular. Este anúncio foi realizado depois de quase quatro meses de negociações, numerosa pressão da sociedade civil, dos partidos tradicionais e da comunidade internacional, com particular incidência na CEDEAO, inquietos com a continuação da sempre latente crise política que parece endémica neste pequeno país. Neste artigo procuro demonstrar que este governo representa, em primeiro lugar, a expressão da força de uma sociedade civil ativa e em crescimento na Guiné-Bissau, com particular relevo na capital, sempre apoiada pelas organizações internacionais. Depois, que os seus principais objetivos são o de transmitir uma ideia interna e externa de estabilidade e coesão e assegurar a realização das eleições presidenciais que fecham o ciclo da normalização democrática no país. |
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