Cinema e realidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Nuno André Mourisco Ferreira da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10437/12933
Resumo: A modernidade, com o advento da fotografia, traz consigo um novo paradigma em relação à obra de arte. A esfera intocável do objecto artístico desmembra-se numa era em que tudo está em movimento, onde a representação da realidade na película ultrapassa as barreiras do tempo e do espaço. A câmara de filmar, segundo processo mecânico de impressão do real na película, desvela um mundo diferente daquele que vemos a olho nu. As imagens não têm mais significado, apresentam-se como objectos na sua forma pura e cabe ao cineasta encontrar uma maneira de lhes voltar a dar significado. O cinema, na sua tentativa de construir uma realidade verosímil, começou por permitir ao espectador uma experiência de hipnose onde ele participaria em tempo real no filme através da excitação das suas funções sensório-motoras. Contudo, com a chegada de meados dos anos quarenta, numa Europa devastada pela guerra, vemos surgir um outro paradigma através de uma nova representação do mundo. Este tipo de representação vem criar situações puras onde a realidade e imaginação se entrecruzam. A imagem-tempo está ao nível do pensamento, da nossa construção cognitiva ao observar uma acção nas suas várias camadas de significação.
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