Staphylococcus aureus resistente à meticilina : percepção do risco e atitudes de enfermeiros de um centro hospitalar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/9461 |
Resumo: | A disseminação do Staphylococcus Aureus resistente à meticilina (MRSA) continua a ser um dos mais difíceis desafios para a prevenção, controlo e tratamento das infecções associadas aos cuidados de saúde. Em Portugal, quase metade (49%) dos isolamentos de Staphylococcus aureus, em hemoculturas e liquor, são resistentes à meticilina. O inquérito nacional de prevalência de infecção realizado em 2010, aponta o Staphylococcus aureus como o agente mais frequente de infecção hospitalar onde o MRSA representa 13,4% do total dos agentes isolados, com uma proporção de MRSA de 69,2% dos Staphylococcus aureus. Compreender o comportamento individual e a relação com a percepção do risco é um passo importante em termos do controlo efectivo das infecções. A adopção plena das recomendações de prevenção da transmissão cruzada depende da conjugação de vários factores: o conhecimento que os profissionais detêm das recomendações, o modo como as aplicam nas suas práticas diárias e ainda a sua percepção do risco. O presente estudo pretende avaliar a percepção dos enfermeiros em relação ao risco de transmissão do MRSA para o próprio, para os outros profissionais e para os doentes e de que modo essa percepção se reflecte na adopção das recomendações de prevenção da transmissão de infecção. Foram aplicados questionários a enfermeiros de 10 Unidades clínicas de um Centro Hospitalar e realizadas entrevistas a um enfermeiro de cada uma dessas Unidades. Concluímos que, maioritariamente, os enfermeiros têm a percepção que eles próprios, os outros enfermeiros e os doentes estão em risco de adquirir MRSA. Parece haver influência dessa percepção nas atitudes, levando-os a cumprir as recomendações existentes. A higiene ambiental inclui-se nas práticas menos implementadas, embora seja valorizada pelos enfermeiros. Nesse contexto, deve ser promovida a divulgação dos resultados de vigilância epidemiológica a todos os profissionais e a formação deve ser reformulada para que se reflicta nas práticas efectivas |
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Staphylococcus aureus resistente à meticilina : percepção do risco e atitudes de enfermeiros de um centro hospitalarStaphylococcus aureusMRSAPercepção do riscoAtitudesControlo de infecçãoRisk perceptionBehaviorInfection controlA disseminação do Staphylococcus Aureus resistente à meticilina (MRSA) continua a ser um dos mais difíceis desafios para a prevenção, controlo e tratamento das infecções associadas aos cuidados de saúde. Em Portugal, quase metade (49%) dos isolamentos de Staphylococcus aureus, em hemoculturas e liquor, são resistentes à meticilina. O inquérito nacional de prevalência de infecção realizado em 2010, aponta o Staphylococcus aureus como o agente mais frequente de infecção hospitalar onde o MRSA representa 13,4% do total dos agentes isolados, com uma proporção de MRSA de 69,2% dos Staphylococcus aureus. Compreender o comportamento individual e a relação com a percepção do risco é um passo importante em termos do controlo efectivo das infecções. A adopção plena das recomendações de prevenção da transmissão cruzada depende da conjugação de vários factores: o conhecimento que os profissionais detêm das recomendações, o modo como as aplicam nas suas práticas diárias e ainda a sua percepção do risco. O presente estudo pretende avaliar a percepção dos enfermeiros em relação ao risco de transmissão do MRSA para o próprio, para os outros profissionais e para os doentes e de que modo essa percepção se reflecte na adopção das recomendações de prevenção da transmissão de infecção. Foram aplicados questionários a enfermeiros de 10 Unidades clínicas de um Centro Hospitalar e realizadas entrevistas a um enfermeiro de cada uma dessas Unidades. Concluímos que, maioritariamente, os enfermeiros têm a percepção que eles próprios, os outros enfermeiros e os doentes estão em risco de adquirir MRSA. Parece haver influência dessa percepção nas atitudes, levando-os a cumprir as recomendações existentes. A higiene ambiental inclui-se nas práticas menos implementadas, embora seja valorizada pelos enfermeiros. Nesse contexto, deve ser promovida a divulgação dos resultados de vigilância epidemiológica a todos os profissionais e a formação deve ser reformulada para que se reflicta nas práticas efectivasThe dissemination of Methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) remains one of the most difficult challenges for the prevention, control and treatment of healthcare associated infections. In Portugal, almost half (49%) of Staphylococcus aureus isolates in blood and CSF are Methicillin-resistant. The national infection prevalence survey, performed in 2010, shows that Staphylococcus aureus represents the most frequent agent of hospital infection, with MRSA representing 13,4% of all microbial isolates with an MRSA proportion of 69,2% of Staphylococcus aureus isolates. Understanding individual behavior and how it relates to risk perception is an important first step for effective control of infection. The full adoption of the recommendations for the prevention of cross-transmission of infection depends on the combination of several factors: knowledge of recommendations and their application in daily practices as well as the perception of risk. This study aims to evaluate nurses´ perception of the transmission risk of MRSA to themselves, to other professionals and for patients, and how this perception is reflected in the adoption of recommendations to prevent infection transmission. Questionnaires were applied to nurses from 10 clinical Units of a hospital centre and an interview was conducted with a nurse in each unit. We found that the majority of nurses perceived risk of acquiring MRSA for themselves, to other nurses and patients. This perception seems to influence attitudes, leading to compliance with the existing recommendations. Environmental and surface cleaning are the least implemented practices, although they are valued by nurses. We conclude that, in this context, it is essential to promote dissemination of surveillance results to all professionals as well revising the content of training courses to reflect gaps identified in actual practiceUva, António de SousaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaPedro, Ana Luísa Pimentel Rodrigues da Rosa2012-11-27T15:44:33Z201120112011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/9461porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-10-31T01:32:53Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/9461Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:08:25.344326Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A disseminação do Staphylococcus Aureus resistente à meticilina (MRSA) continua a ser um dos mais difíceis desafios para a prevenção, controlo e tratamento das infecções associadas aos cuidados de saúde. Em Portugal, quase metade (49%) dos isolamentos de Staphylococcus aureus, em hemoculturas e liquor, são resistentes à meticilina. O inquérito nacional de prevalência de infecção realizado em 2010, aponta o Staphylococcus aureus como o agente mais frequente de infecção hospitalar onde o MRSA representa 13,4% do total dos agentes isolados, com uma proporção de MRSA de 69,2% dos Staphylococcus aureus. Compreender o comportamento individual e a relação com a percepção do risco é um passo importante em termos do controlo efectivo das infecções. A adopção plena das recomendações de prevenção da transmissão cruzada depende da conjugação de vários factores: o conhecimento que os profissionais detêm das recomendações, o modo como as aplicam nas suas práticas diárias e ainda a sua percepção do risco. O presente estudo pretende avaliar a percepção dos enfermeiros em relação ao risco de transmissão do MRSA para o próprio, para os outros profissionais e para os doentes e de que modo essa percepção se reflecte na adopção das recomendações de prevenção da transmissão de infecção. Foram aplicados questionários a enfermeiros de 10 Unidades clínicas de um Centro Hospitalar e realizadas entrevistas a um enfermeiro de cada uma dessas Unidades. Concluímos que, maioritariamente, os enfermeiros têm a percepção que eles próprios, os outros enfermeiros e os doentes estão em risco de adquirir MRSA. Parece haver influência dessa percepção nas atitudes, levando-os a cumprir as recomendações existentes. A higiene ambiental inclui-se nas práticas menos implementadas, embora seja valorizada pelos enfermeiros. Nesse contexto, deve ser promovida a divulgação dos resultados de vigilância epidemiológica a todos os profissionais e a formação deve ser reformulada para que se reflicta nas práticas efectivas |
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