Funcionamento neurocognitivo na perturbação obsessivo-compulsiva e sua relação com características da personalidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gandra, Cláudia Oliveira Bandeira
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/385
http://hdl.handle.net/20.500.11816/385
Resumo: Background: A Perturbação Obsessivo-Compulsiva (POC) é uma doença caracterizada por pensamentos intrusivos negativos (obsessões), acompanhados por comportamentos ritualizados (compulsões). Existem evidências de alterações neurocognitivas em vários níveis, nomeadamente nas funções executivas, velocidade de processamento, memória, entre outras. Certos domínios da personalidade (perfeccionismo e rigidez), têm vindo a ser associados à maior severidade da patologia, sendo por este motivo fundamental considerar a mesma como um possível moderador do desempenho neurocognitivo destes pacientes. Objetivos: Pretendeu-se caraterizar o funcionamento neurocognitivo da POC, bem como determinar a relação entre as suas diferentes funções cognitivas e os fatores de personalidade do Modelo Big-Five. Métodos: Neste estudo, um grupo de 11 pacientes com POC foram comparados com 11 indivíduos saudáveis no que respeita aos seus desempenhos na realização de um protocolo de testes neuropsicológicos e posteriormente, comparados com os domínios de personalidade do Modelo Big-Five. Os testes estatísticos utilizados foram, o teste U de Mann-Whitney para comparar o desempenho de ambos os grupos nas provas de avaliação e o teste de correlação de Spearman para determinar a existência de relações entre traço de personalidade e o desempenho nas provas neuropsicológicas. Resultados: Estes revelaram diferenças consideráveis a nível dos desempenhos cognitivos entre grupos, com o grupo POC a obter resultados claramente inferiores ou a despender de mais tempo na realização de várias tarefas. Já em relação à personalidade deram-se correlações significativas e positivas entre os domínios extraversão, abertura, conscenciosidade e neuroticismo e determinados instrumentos de avaliação. Conclusão: De acordo com os resultados e os múltiplos estudos corroborativos, verificamos que, os défices cognitivos mais consistentemente descritos nesta perturbação encontram-se, em tarefas de inibição de resposta, flexibilidade cognitiva, controlo de interferência e memória de trabalho visuo-espacial. Ponderamos também a hipótese de a personalidade poder realmente ser um moderador do desempenho cognitivo dos indivíduos, dado existirem correlações positivas e significativas entre certos domínios da mesma e o desempenho em determinadas tarefas neurocognitivas, no grupo POC.
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